Ex-atleta critica liberação de trans na Superliga: 'É fisiologia'

Tifanny Abreu foi avaliada por comissão da CBV e autorizada a jogar liga feminina

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  • Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 12:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcelo Ferrazoli/ Vôlei Bauru

A ex-jogadora Ana Paula criticou a decisão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) de liberar a primeira atleta transexual para jogar uma partida na elite da modalidade do país. Tifanny Abreu foi avaliada pela comissão médica do órgão e liberada. Ela foi relacionada pelo treinador do Bauru, Fernando Bonatto, e entrou em quadra na derrota do time para o São Caetano pela Superliga. 

"Muitas jogadoras não vão se pronunciar com medo da injusta patrulha, mas a maioria não acha justo uma trans jogar com as mulheres. E não é. Corpo foi construído com testosterona durante a vida toda. Não é preconceito, é fisiologia. Por que não então uma seleção feminina só com trans? Imbatível!", escreveu a jogadora nas redes sociais, onde constantemente se manifesta sobre temas polêmicos. E acrescentou: "O problema é que todas as jogadoras não puderam construir seus corpos, músculos e ossos com a ajuda da testosterona, e essa moça pôde durante anos".

Tifanny entrou em quadra no dia 10 deste mês, na partida vencida por 3 sets a 2 pelo São Caetano (parciais de 25/22, 17/25, 22/25, 25/23 e 13/15). Aos 33 anos, a jogadora já disputou a Superliga masculina no Brasil por Juiz de Fora e Foz do Iguaçu, além de outros campeonatos, antes de fazer a transiçaõ de gênero. Desde 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) permite a participação de homens em competições femininas, mas com a testosterona controlada. Não há necessidade de cirurgia de mudança de sexo.