Ex-deputado baiano Luiz Argôlo é condenado a 11 anos de prisão

Argôlo foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

  • D
  • Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 20:23

- Atualizado há um ano

O ex-deputado federal baiano Luiz Argôlo foi condenado nesta segunda-feira (16) pela Justiça Federal no Paraná por crimes investigados na Operação Lava Jato. Ainda cabe recurso. Argôlo é o terceiro político a ser condenado no caso, depois de André Vargas e Pedro Côrrea. Argôlo já está preso (Foto: Ag. Câmara)Argôlo foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena considerada pelo juiz federal Sérgio Moro é de 11 anos e 11 meses de reclusão, inicialmente em regime fechado, além de pagamento de multas que chegam a R$ 459.740.

Na mesma sentença, Moro não condenou o doleiro Alberto Yousseff e Carlos Alberto Pereira da Costa por corrupção e lavagem de dinheiro. Para o juiz, eles já foram condenados pelos mesmos crimes em outros processos já encerrados e não se aplicaria nova condenação.

O braço-direito de Youssef e também delator da Lava Jato Rafael Ângulo Lopez foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro. Argôlo foi absolvido da acusação de crime de peculato por falta de provas, segundo o juiz.

[[saiba_mais]]

PresoAtualmente, Luiz Argôlo está preso no Complexo Médico-Penal (CMP), na Região de Curitiba. A prisão preventiva dele foi mantida por Moro. Entre as justificativas do juiz, está o risco de Argôlo assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados, pois ele é suplente.

"Em liberdade, pode, a depender das circunstâncias, assumir o mandato parlamentar, o que seria intolerável. Não é possível que pessoa condenada por crimes possa exercer mandato parlamentar e a sociedade não deveria correr jamais o risco de ter criminosos como parlamentares", disse o juiz.