Ex-presidente do COB é condenado a 30 anos de prisão por corrupção

Carlos Arthur Nuzman comandou o comitê de 1995 a 2017

Publicado em 25 de novembro de 2021 às 22:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O ex presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, 79 ano, foi condenado a 30,11 meses e oito dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A sentença foi dada por Marcelo Bretas, juiz da 7ª vara federal criminal do Rio de Janeiro. A condenação de Nuzman é resultado de uma investigação conhecida como operação Unfair Play, que começou após a realização das Olimpíadas no Rio 2016. A operação investigava a compra de votos para a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos.  Ainda foram envolvidos nesse processo o o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho e o ex-diretor de operações do comitê Rio 2016, Leonardo Gryner. 

Cabral foi condenado a dez anos e oito meses de prisão por corrupção passiva. E Leonardo Gryner a 13 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa. Por morar nos Estados Unidos, Arthur César teve o processo desmembrado daquele que condenou os brasileiros.

Outros dois dirigentes senegaleses do atletismo estavam envolvidos no esquema de corrupção e foram investigados, são eles Lamine Diack e seu filho Papa Diack. Como também residem fora do país, na França e no Senegal, o processo foi separado. Agora, Nuzman irá recorrer da decisão em liberdade. A defesa dele disse o juiz o condenou sem provas e que isso será corrigido quando o tribunal julgar o recurso.