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A vítima era próxima de uma liderança de quadrilha em Luís Eduardo Magalhães
Carol Aquino
Publicado em 31 de maio de 2018 às 21:14
- Atualizado há um ano
O ataque a uma ambulância que terminou com um homem morto e um policial militar baleado no pescoço em Luís Eduardo Magalhães, oeste baiano, pode estar ligado a uma vingança do tráfico de drogas. Esta é uma das teses da investigação do delegado Rivaldo Luz, titular da Delegacia do Município sobre o crime que aconteceu na noite da última quarta-feira (30). O homem executado estava a caminho do Hospital do Oeste, em Barreiras. (Foto: Weslei Santos/ Blog do Sigi Vilares). Tudo começou quando policiais civis, com apoio da Polícia Militar, foram cumprir um mandado de prisão contra o traficante Francisco Beventino, o Chiquinho. Uma das lideranças da facção Clube Bala Voa, ligada ao Bonde do Maluco, ele era suspeito de ser o mandante da morte de um homem assassinado na noite anterior, terça (29).
Durante a operação, no bairro de Santa Cruz, houve troca de tiros e Chiquinho acabou morrendo em decorrência dos ferimentos. Um outro homem que o acompanhava, de prenome Thiago, também ficou ferido e foi levado para a UPA de Luís Eduardo Magalhães. Thiago foi transferido para o Hospital do Oeste, em Barreiras.
A ambulância não conseguiu chegar ao seu destino final. “Interceptaram o veículo a caminho do Hospital do Oeste, ainda na saída de Luís Eduardo Magalhães. Eram cerca de quatro homens armados, mas apenas um atirou. Foram disparados quatro tiros. Um acertou o policial no pescoço. Thiago foi atingido na barriga e no pescoço e morreu”, relata o delegado.
Hipóteses A polícia está investigando o crime, ouvindo testemunhas e aguardando a perícia do local do crime e das cápsulas recolhidas. Porém a hipótese é de vingança do tráfico.
“Ele (Chiquinho) matou uma pessoa um dia antes, foi mandante do crime contra outra pessoa também ligada pela criminalidade”, apontou o delegado titular.
Segundo Rivaldo Luz, Thiago, que não tinha passagem pela polícia, era parente de Chiquinho e os dois estavam sempre juntos. Já Chiquinho respondia por mais de cinco assassinatos, tráfico de drogas e assalto.
O policial baleado na ação passou por cirurgia e está se recuperando no Hospital do Oeste. Apesar de apresentar uma pequena melhora, o estado de saúde ainda é grave, e o homem permanece sedado.