Exposição Carnaval Elétrico traz abadás, mortalhas e discos com mais de 30 anos

A mostra está aberta a visitação no Salvador Shopping até o dia 25, com entrada franca

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 20:38

- Atualizado há um ano

Aproveitando o clima de Carnaval e a onda de nostalgia provocada pelos 30 anos da Axé Music, a exposição Carnaval Elétrico: Pedrinho da Rocha - 40 Carnavais foi inaugurada no Salvador Shopping na noite de ontem.(Foto; Almiro Lopes/CORREIO)

A mostra traz cerca de 140 abadás e mortalhas desde 1981, junto com capas de discos e cartazes produzidos pelo designer e publicitário, e ainda uma réplica do primeiro trio elétrico, a mostra fica aberta ao público até o dia 25 deste mês. Pedrinho é responsável por criar abadás de blocos emblemáticos como o Crocodilo e Camaleão. “Em casa eu tenho uns 800 guardados. Os de Daniela [Mercury] sempre têm uma pegada mais cultural. Ela já me passava o que queria antes e sempre era um desafio”, contou ele.Réplica do primeiro trio elétrico, a Fobica (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

Para o jornalista Nelson Cadena, um dos mais emblemáticos é um abadá do Crocodilo, do início dos anos 2000, que é inspirado em uma obra da pintora modernista  Tharsila do Amaral. “É o Abaporu dançando Na Boquinha da Garrafa. É muito conceitual”. Este ano, Pedrinho ficou responsável por criar os abadás dos blocos Me Abraça, Camaleão, Alavontê e Blow Out.

Quem marcou presença também no evento foi o cantor Durval Lelys. "A gente criou isso aqui, a nossa história está aqui e está voltando a tona no coração dos empresários e dos foliões", disse ele, que depois ainda fez um pocket show na exposição.Moto Harley Davidson de Durval junto com figurino criado por Pedrinho da Rocha (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)A publicitária Michele Palma, 32 anos, levou o namorado manauara, Antônio Carlos Souza, 44, para conhecer mais do Carnaval de Salvador. “Tô dando uma aula para ele, lembro de praticamente tudo isso, apesar de não sair muito em bloco, mas sempre na pipoca”, contou ela. E parece que ele gostou. “Sempre admirei muito o colorido do Carnaval daqui. É impossível não viver o Carnaval da Bahia porque já é nacional”, disse ele.