Exposição na Galeria Solar Ferrão celebra trajetória artística de Denissena

Denissena Fóssil. “Trajetória poética de um operário cultural” é o título da exposição, que apresenta produções em distintas linguagens

Publicado em 15 de abril de 2022 às 06:50

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Foto: Divulgação

Ao artista, uma homenagem. A Galeria Solar Ferrão vai receber uma exposição em homenagem aos 25 anos de carreira do artista visual, arte-educador e ativista, Denissena Fóssil. “Trajetória poética de um operário cultural” é o título da exposição, que apresenta produções em distintas linguagens.

O espaço vinculado à Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Dimus) funciona a partir da próxima terça (19). A exposição ficará funcionando gratuitamente de terça a sexta, das 10h às 16h, e aos sábados, das 12h às 16h. A entrada está condicionada à apresentação do comprovante de imunização contra a Covid-19.

Autodidata, sua expressão artística abrange diferentes linguagens: pintura, grafite, escultura, arte digital. Seus murais de grafite podem ser vistos pelas ruas de Salvador e suas obras já estiveram em exibição na II Trienal de Luanda, em Angola, no MAM-BA, Caixa Cultural, Casa de Angola, Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica, Parque Histórico Castro Alves, Galeria do Sebrae, Biblioteca Pública do Estado da Bahia, dentre outros espaços.  

Para Denissena, “a arte é um grande meio de expressão, comunicação e transformação social” que deve circular em outros ambientes além das galerias.  (Foto: Divulgação) Na Galeria Solar Ferrão, seguindo uma ordem cronológica, serão expostas mais de 25 produções que incluem desenho, pintura em tela, escultura, cerâmica, arte digital impressa, caricatura, publicidade e uma série de pinturas sobre papel com aplicação da técnica mista.

“Para nós, é um prazer receber um artista versátil e tão conectado com as questões do nosso tempo. Abrigar a sua exposição também é uma forma de manter o Centro Cultural Solar Ferrão em atividade e contato com o público enquanto os outros pavimentos do equipamento cultural passam por requalificação”, explica a coordenadora do Centro Cultural Solar Ferrão, Fátima Soledade.   

Ele iniciou seu percurso nas artes quando seu pai pediu que ele desenhasse a mãe. Morando com a avó, passou a desenhar na areia e produzir esculturas na beira do Rio Pojuca. Aos poucos, foi agregando inspirações para suas obras, a exemplo da música, de elementos urbanos e de questões étnico-raciais.

Ao longo da carreira, ilustrou o livro Histórias de negro, de Ubiratan Castro. Como designer, já desenhou para grifes como a Iguana (Salvador) e Volunteer (Canadá) e também customizou tênis para a Adidas e All Star Converse. Atuando como arte-educador, deu aulas no Projeto Cidadão, ONG situada no bairro do Cabula 1, e já trabalhou no Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, Eletrocooperativa e no Projeto Grafipaz, da Uneb.