Exposições gratuitas também são destaque na Flipelô; confira opções

Museus entram na rota do evento, que segue até domingo com diversas atividades no Pelourinho

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  • Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 16:00

- Atualizado há um ano

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Além da literatura e da música, a segunda edição da Festa Literária Internacional do Pelourinho, a Flipelô, dá destaque às artes visuais com uma série de exposições gratuitas. A maior parte das mostras que compõem a programação será aberta ao público na quinta-feira (9) e segue em cartaz até o dia 31 de agosto.

A Igreja do Rosário dos Pretos recebe duas delas: Coisa de Preto, do padre José Paulino e Africanidades, de Rose Mafalda. A Galeria Solar do Ferrão também recebe duas exposições: A Missa, do fotógrafo baiano Robério Braga, e Poesia é Coisa de Mulher, dedicada à escritora baiana Myriam Fraga. A Casa 47, ao lado da Fundação Casa de Jorge Amado, será aberta no Espaço Zélia Gattai, a exposição Talentosa Graças a Deus em homenagem à escritora. (Foto: Divulgação) Há outras exposições que ocupam espaços do Centro Histórico e também foram incorporados a Flipelô+, a programação paralela da festa. A Galeria Fundação Pierre Verger (Portal da Misericórida) tem a mostra A Chegada de Verger na Bahia, e funciona das 10h às 17h. A Casa do Carnaval também entrou no circuito Flipelô+ com a exposição permanente de esculturas, adereços, vídeos e áudios que contam de maneira interativa a história do Carnaval, funciona das 11h às 18h.  Já a Biblioteca Anísio Teixeira expõe das 9h às 12h, as redações e poesias dos alunos vencedores do IV Concurso para escritores.

Confira detalhes de cada exposição:   (Foto: Divulgação) A Chegada de Verger na Bahia: Exposição mostra um pedaço do cotidiano visto pelo fotógrafo francês Pierre Verger ao chegar à Bahia, em 1946. Salvador era outra cidade, bem diferente do cenário que se vê hoje, com detalhes únicos que marcaram um tempo especial da capital. Como chegou de navio, o que ele viu primeiro foi um guindaste. Capoeiristas ainda eram estivadores e de terno branco os homens se vestiam nas ruas. A cidade era menor, esperando a industrialização da Bahia, os bairros periféricos não existiam e, para além do Dique, já era interior. Na Liberdade, mulheres lavavam suas roupas em água natural. Com curadoria de Alex Baradel, a exposição é composta por 31 fotografias originais (ampliações analógicas feitas a partir do negativo original) e, além de integrar o conjunto de ações comemorativas dos 30 anos da Fundação Pierre Verger, faz também parte da programação da Flipelô. Serviço:  Fundação Pierre Verger (Portal da Misericórida). 9 de agosto (quinta-feira), às 11h, até novembro. Visitação das 10h às 17h. (Foto: Divulgação) A Missa: O fotógrafo baiano Robério Braga lança olhares sobre a cabeça dos afrodescendentes na mostra A Missa. Com curadoria de Diógenes Moura, a mostra é integrada por 13 imagens em preto e branco. Nas fotos, todos os retratados aparecem de costas, quase sem identidade, em igrejas barrocas do Centro Histórico de Salvador. Daí o título A Missa. "Não falo de José, ou de Maria, mas sim de um povo, uma cultura”, diz o fotógrafo. “O projeto é uma viagem visual pelas cabeças penteadas na vida cotidiana e em períodos festivos. É uma busca estética e étnica dos significados dos penteados, em estilos contemporâneos e tradicionais, que identificam as matrizes africanas", continua.  Serviço: Solar Ferrão  (R. Maciel de Baixo, 43 - Pelourinho). Abertura: Quinta-feira (9), às 11h. Visitação de segunda a sábado, das 14h30 às 19h, até dia 8 de setembro. (Foto: Divulgação) Poesia é Coisa de Mulheres:  Dedicada à Myriam Fraga, a exposição faz um passeio delicado e completo pela vida e obra da talentosa poeta, jornalista e escritora baiana, que leva a assinatura de Bete Capinam, da Editora Oiti. Na abertura, serão lançados dois livros de Myriam: Peregrinos e Torta de Maçã, ilustrado por Paloma Amado, e o livro de crônicas Mínimas Estórias Gerais. Serviço: Galeria Solar do Ferrão (R. Maciel de Baixo, 43 - Pelourinho). Abertura: Quinta-feira (9), às 11h.

Talentosa Graças a Deus: Num clima de instalação, com muita ludicidade, a mostra traz painéis contando a história de Zélia, e exposição de fotos, os livros da escritora e suas traduções e objetos pessoais. Serviço: Casa 47, ao lado da Fundação Casa de Jorge Amado. Abertura: Quinta-feira (9), às 11h.