Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Senta que lá vem...
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2018 às 11:18
- Atualizado há um ano
Neste episódio dolorido para todos, que envolve duas fabulosas artistas, Fabianna Cozza e Dona Ivone Lara, a cena desnecessária é a crise da Casa Grande, que algumas pessoas estão sendo acometidas. Aquela reação de querer enquadrar as vozes e seus poderes de ação. Não estamos mais no tempo dos silenciamentos. Todo respeito ao povo retinto e suas dores, seus gritos e temores. Todo respeito aos corpos trans que estão cansados de serem ocupados. Os corpos dissidentes precisam desse levante. Depois, quanto tudo ficar mais justo, estaremos todxs transformados. Que o coração de Fabianna Cozza se aqueça. Que a memória de Dona Ivone nunca pereça. Que saibamos ouvir e compreender as demandas. Representatividade não é mimimi. É senha para adentrar ao tempo que chegou. Que seja suave a montagem deste musical dedicado a uma das maiores cantoras do mundo Salve, dona Ivone Lara. Salve o samba que.nunca foi bandido...
Sérgio Maggio é jornalista, diretor e dramaturgo
Texto originalmente publicado no Facebook