Falso professor do Vitória é preso por pedofilia em Pernambuco

Acusado prometia vaga no Leão em troca de favores sexuais; clube afirma que não tem vínculo com ele desde 2014

  • D
  • Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2018 às 15:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Facebook

Um homem que se identificava como representante do Vitória em uma escolinha de futebol no interior de Pernambuco foi preso sob acusação de abusar de dois jovens, um de 14 e outro de 15 anos. 

O fato aconteceu no município de Buíque (PE), em abril. De acordo com o que o advogado das vítimas, Drayton Benevides, afirmou ao site Bahia Notícias, o treinador José Roberto Henrique da Silva pedia fotos íntimas aos garotos prometendo, em troca, vaga no time baiano. No celular do acusado foram encontradas imagens de pedofilia, inclusive de uma das vítimas.

Em nota, o Vitória afirma que o professor não tinha mais concessão para usar a marca do clube desde 2014. E que a diretoria do Leão não tinha conhecimento que ele continuava usando a imagem da instituição nem que cometia tal crime contra os menores.

Confira o comunicado na íntegra:

"O Esporte Clube Vitória, por meio desta nota, tomando conhecimento a respeito da prática de atos de pedofilia por pessoa que se fazia passar por representante de Escolinha do Vitória, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

O Esporte Clube Vitória celebrou em 10 de setembro de 2013 contrato de cessão de uso de marca por prazo determinado com a associação ‘Projeto Criança Feliz – Núcleo Venturosa-PE’, representada pelo Sr. José Roberto Henrique da Silva. Pelo contrato, o Vitória concedeu àquela associação licença para implantar, operar e administrar, por sua conta e risco, uma Escolinha de Futebol do Vitória, sendo de total responsabilidade da associação cessionária a manutenção do seu próprio quadro de pessoal, sem controle, fiscalização ou qualquer ingerência do Esporte Clube Vitória, que apenas cedeu o uso do nome ‘Escolinha de Futebol do Vitória’ e teria como contrapartida apenas a preferência para possível encaminhamento de jovens atletas para compor a sua divisão de base.

O contrato mencionado tinha vigência de um ano e extinguiu-se em 10 de setembro de 2014, não tendo sido renovado, nem mesmo de forma tácita, desde quando somente previa a possibilidade de renovação através de instrumento escrito.

Foi o Vitória agora surpreendido com a informação de que o seu nome continuara a ser usado pela associação, apesar de encerrado o contrato, e ainda de que os lamentáveis fatos relatados na denúncia estariam sendo praticados por integrante da associação.

Esclarece o Esporte Clube Vitória que jamais exerceu qualquer fiscalização ou controle do quadro de pessoal da associação e não tomou conhecimento da prática de ato ilícito por qualquer representante ou funcionário daquela, salvo agora por intermédio do advogado das vítimas, o qual manteve contato com o departamento jurídico do Vitória, que prestou os devidos esclarecimentos ao mesmo.

Assim, o Vitória vem a público esclarecer que nada tem a ver com os fatos denunciados, nunca deteve poder de controle quanto às atividades da denominada escolinha, que vinha funcionando ilegalmente, à sua revelia, nem tem qualquer responsabilidade, por atos infracionais que tenham sido praticados por integrantes da referida associação. O Vitória lamenta e deplora, com vigor, a prática dos atos denunciados, esclarecendo que irá adotar as providências legais pelo uso indevido do seu nome, ainda mais quando ligado a atos deploráveis que teriam sido praticados por terceiros.

Ratifica o Vitória o seu veemente repúdio à prática de atos que atentem contra a integridade física ou moral de crianças ou adolescentes, jamais tendo tolerado a prática de tais atos em seu âmbito profissional ou de formação de atletas".