Feira da Sé reúne artesanato, gastronomia, moda e antiguidades no Centro Histórico

Evento acontece na Praça da Sé

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  • Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2018 às 10:44

- Atualizado há um ano

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Com a proposta de virar um evento fixo no calendário da capital baiana, a Feira da Sé estreia sua programação neste sábado (15), na Praça da Sé, no Centro Histórico. Artesanato, antiguidades, oficina de cerâmica e tecido fazem parte do evento que integra a Semana de Ação, Cidadania e Memória e é realizado pelo Instituto ACM. Brincadeiras infantis, artistas de rua, música e manifestações populares que vão interagir com o público também estão entre as atrações da feira gratuita.

Ao todo, 80 artesãos vão expor sua produção no evento que vai acontecer todo mês na região histórica. Entre os trabalhos, estão os vestidos de tampinha feitos pelo ex-pedreiro e estilista Joel Souza; as esculturas de jornal feitas pelo artesão Samuel Cruz; e as réplicas de saveiros de Ubiraci Portugal. Além disso, quem quiser fazer renda bordada vai poder aprender ao vivo: serão criado artigos como jogo americano, centro de mesa e tapete.

Destaque da programação, a Cooperativa Trançado de Maria vai levar uma oficina completa para a feira. Com produção de bolsas de formatos inusitados, as senhoras, acima de 50 anos, vão ensinar tecelagem durante o evento que conta com apoio do Sebrae, Sistema Fecomércio, Sesc e Senac, da Prefeitura Municipal do Salvador, da Rede Bahia e dos estacionamentos Delta Parking.

Os admiradores das técnicas de crochê vão encontrar peças como bolsas, xales, porta-óculos, capas para celular e cestas de pão, feitas manualmente por Joana Kalil. A artista que aprendeu a técnica aos sete anos se dedica hoje, com 40, integralmente à comercialização dos produtos feitos em crochê. “Acho o projeto da Feira da Sé uma ideia fantástica. É uma forma de mostrar os artistas baianos, os talentos locais”, elogia.

A programação conta, ainda, com os vinis raros do colecionador Érito Dourado; as antiguidades de Adilson Lima; as fotografias de Carol Dantas de pontos turísticos de Salvador; e a moda sustentável e o brechó da empresária Graça Borges, com peças assinadas por estilistas como Reinaldo Lourenço e Glória Coelho. (Foto Divulgação) Cultura viva Durante o lançamento da Feira da Sé, a diretora executiva do Instituto ACM, Claudia Vaz, destacou que o projeto busca dinamizar a região. “Temos a missão de valorizar a economia local, trazer lazer e entretenimento e dinamizar um espaço público tão importante como o Centro", afirmou. Como todas as outras, continua Claudia, a Feira da Sé tem a característica de manter viva a cultura local.

"A gente quer que o soteropolitano coloque o Pelourinho na sua agenda diária, que não fique só nos shoppings e nas praias”, explica. Mas o evento é, principalmente, sobre a troca. "É sobre você chegar ali e lembrar que cada uma dessas pessoas tem uma história que pode ser incrível. Para além do econômico, a feira é sobre fazer laços humanos”, reforça.

Inspirado nas principais feiras de rua do mundo, o evento conta com estrutura baseada nas barracas encontradas nas feiras de Praga, capital da República Checa, e modelo de gestão autossustentável influenciado pela Feira Benedito Calixto. A ideia é simples: é como se fosse um condomínio que tem um valor mensal para permitir que a administração pague os custos com estrutura.

“Pesquisei as principais feiras do planeta. Conhecia a de Londres, do Caribe, de Roma, de Buenos Aires, descobri uma em Porto Alegre e, obviamente, vi nascer as feiras do Bixiga e da Benedito Calixto, que é muito estruturada”, conta a jornalista e empresária paulista Claudia Giudice, 52, que prestou consultoria para a Feira da Sé. Estrutura da Feira da Sé é inspirada nas barracas de Praga (Foto: Valter Andrade/Divulgação) Serviço O quê: Feira da Sé Quando: Sábado (15), das 10h às 18h Onde: Praça da Sé (Centro Histórico)Entrada gratuita