'Feliz' e 'fora de perigo', declarou em delegacia modelo internacional encontrada no Rio

Eloisa Fontes, de 26 anos, afirmou que prefere estar longe dos familiares 'que só desejam seu dinheiro e não seu bem-estar'

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 11:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução / Instagram
A modelo brasileira Eloisa Fontes em recente campanha para marca esportiva Foto: Reprodução Eloisa Fontes na capa da revista "Elle" romênia, em 2016 Foto: Reprodução Eloisa Fontes na capa da revista "Elle" romênia, em 2016 por Reprodução Elois

No dia 26 de junho, familiares da modelo alagoana Eloisa Pinto Fontes, de 26 anos, registraram o desaparecimento da modelo internacional no sistema online da Polícia Civil do Rio. Eles relataram que não conseguiam contato com a jovem desde o dia 30 de maio e que ela possivelmente estaria morando com o namorado, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. 

Em 30 de julho, Eloisa então compareceu a 16ª DP (Barra da Tijuca) e garantiu “não estar correndo nenhum tipo de perigo”. Ela disse querer manter distância dos parentes, “que só desejam seu dinheiro e não seu bem-estar”. A modelo contou ainda não confiar em nenhuma irmã, tampouco na mãe, e afirmou ter “traumas familiares”. As informações são da revista Época.

De acordo com o veículo, em depoimento, Eloisa disse ainda estar "feliz com a vida no Rio de Janeiro” e que pretende casar com o namorado até o fim desse ano e ter filhos com ele.

Ela negou consumir drogas ou ter qualquer tipo de problema psiquiátrico. A modelo ressaltou que chegou a ingerir bebida alcoólica em uma determinada data, tendo ficado bêbada, porque é “muito pressionada por todos os familiares para que envie dinheiro”.

A modelo afirmou ainda que os parentes têm “inventado fatos inverídicos” a seu respeito. Ela ponderou também que em uma ocasião, quando estava em Nova York, “colocaram alguma coisa em sua bebida e comida” e, por esse motivo, foi internada em hospital psiquiátrico.

Em entrevista ao site Metrópoles, familiares dela negaram que Eloisa estava desaparecida há um ano. "Diferentemente do que fizeram parecer, ela estava esse período todo longe da mídia, mas a família mantinha contato com ela”, contestou Daniel Rocha, cunhado de Eloisa. “A verdade é que ela deixou de dar notícias há poucos dias, até ser encontrada. Agora, está sendo cuidada, o que é melhor do que estar na rua”, completou Rocha.

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Eloisa foi encontrada por agentes da operação Ipanema Presente na última terça-feira (6) no Morro do Cantagalo, Rio de Janeiro. A jovem estava sendo procurada por parentes há cerca de um ano e quando foi localizada aparecia estar desorientada, segundo o jornal O Globo. Ela foi levada para a base do programa, na Praça General Osório, onde recebeu apoio social.

De lá, a modelo foi encaminhada para o Instituto Municipal Philippe Pinel, onde passou por uma avaliação psiquiátrica e ficou internada para cuidados com sua saúde mental.

De acordo com O Globo, essa não é a primeira vez que a mulher é dada como desaparecida. Em junho de 2019 ocorreu o primeiro episódio, desta vez em Nova York, onde morava por razões profissionais. Na ocasião, ela acabou encontrada cinco dias depois, vagando pela rua em uma cidade próxima, visivilmente desorientada. 

De acordo com a polícia, Eloisa foi levada para a base do Ipanema Presente onde recebeu apoio social. De lá, ela foi encaminhada para o Instituto Municipal Philippe Pinel, onde passou por uma avaliação psiquiátrica e ficou internada para cuidados com sua saúde mental. A mãe e um casal de amigos da alagoana já foram localizados pelo serviço social.

Situação de rua Após o surto em Nova York, ela decidiu se mudar para o Rio de Janeiro, sem comunicar à família, na virada de 2019 para 2020. No Brasil ela dividiu com um amigo um apartamento em Copacabana e vivia uma vida normal, mesmo sem contato com os parentes.

Segundo o Extra, na capital carioca ela iniciou um namoro, que durou apenas 4 meses. De acordo com Francisco Assis, amigo de Eloisa, o comportamento da alagoana mudou rapidamente, e ela começou a apresentar instabilidades, o que levou ao fim do relacionamento.

Sem trabalhos como modelo, a jovem passou a ser vista em favelas como Cidade de Deus e Jacarezinho. Desta última, só saiu em agosto, quando foi internada em um novo surto no Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra, e em seguida transferida para o Hospital Jurandyr Manfredini, em Curicica. O já ex-namorado conseguiu fazer contato com a família, que pediu ajuda a Francisco Assis, único conhecido que tinham no Rio.

"Acolhi a mãe dela, que veio quando soube da internação. Uma mulher muito simples, que vive num sítio em Piranhas, no interior de Alagoas. Estava desesperada", contou Assis ao Extra. 

No começo de setembro, depois de um ano sem contato com nenhum parente, Eloisa reencontrou a mãe e chegou a ser levada para a casa de uma irmã, em Minas Gerais. Mas a ex-modelo fugiu de volta para o Rio de Janeiro e passou a viver dentro do Morro do Cantagalo já em situação de rua. 

Ela só foi deixar a comunidade na última terça, quando foi resgatada pela equipe da Operação Ipanema Presente e internada.

Quem é Eloisa Nascida em uma cidade pequena no interior de Alagoas, a modelo deixou oito irmãos no Brasil para tentar, desde muito jovem, carreira como modelo no exterior. Ela foi casada e tem uma filha, Azzurra, com o modelo e produtor executivo russo Andre Birleanu, de 41 anos. Os dois se conheceram em 2012, em São Paulo, e se casaram em 2014. Ele, que ficou conhecido pela sua participação no programa americano "America's most smartest model", tem a guarda da criança.

Eloisa já fez capas para revistas conceituadas como "Elle", "Grazia" e "Glamour", além de campanhas para grifes como Dolce & Gabbana. "É uma modelo responsável que, infelizmente, pode estar passando por problemas pessoais. Eu realmente espero que a gente consiga encontrá-la", disse um agente da jovem no ano passado, em meio ao primeiro desaparecimento em Nova Iorque.