Feriado prolongado lota praia e anima setor turístico em Salvador

Hotéis chegam a 100% de ocupação

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  • Nilson Marinho

Publicado em 13 de outubro de 2018 às 20:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/CORREIO

Sábado ensolarado lotou praias de Salvador; em alguns hoteis, ocupação bateu 100% (Foto: Marina Silva/CORREIO) Se faltava lugar na água, imagine na faixa de areia em frente ao Farol da Barra, em Salvador. Este sábado (13) foi dia de praia lotada na capital baiana, inclusive para dar conta dos mais de 30°C que escaldaram quem enfrentou a capital baiana. No meio da tarde, a barraqueira Edsônia Almeida, 46 anos, já tinha perdido as contas de quantas pessoas tinham garantido o ‘kit praia’: cadeira, sombreiro e, a depender do cliente, cerveja gelada.

Os turistas engrossaram a ocupação hoteleira da cidade durante este feriadão, que começou na sexta-feira (12), dia de Nossa Senhora Aparecida. Um levantamento feito pelo setor hoteleiro da cidade mostrou que, em alguns hoteis, a ocupação chegou a 100%. Na maior parte deles, a lotação ultrapassou os 90% e em nenhum foi inferior a 50%.

O Gran Hotel Stella Maris, em Itapuã, Real Classic Hotel, na Pituba, o Quality São Salvador, Stiep, são exemplo dessa alta hoteleira. O Sol Barra, na Barra, e o Sol Vitória Marina, na Vitória, chegaram quase lá, com 98,89% e 96,64%, respectivamente.

Mas, nem todo mundo comemorou. Para Neli Silva, 38, que vende pipoca na Barra, o turista não chegou na cidade com intenção de gastar. "Está como um final de semana como outro qualquer. Turista veio, só não chegou aqui com a intenção de gastar", disse Neli, buscando explicação para a baixa nas vendas. 

Em final um final de semana comum, diz a ambulante, o faturamento é de R$250 - o equivalente a cerca de 100 saquinhos. Na sexta (12), foram apenas R$70 e, neste sábado (13), um único saquinho desde o início da tarde. A expectativa dela era encerrar as vendas no domingo (14) levando para casa algo em torno de R$1 mil. No entanto, sequer chegou a metade desse valor. Edjane e Evanilde vieram da cidade de Macaúbas, na Bahia (Foto: Marina Silva/CORREIO) Ali perto, a barraqueira Edsônia comemorou o movimento, que começou a aumentar na sexta-feira e é provável que se estenda até a segunda-feira (15), quando é comemorado o dia dos professores e muitos devem estender o feriado prolongado. 

"Superou 90% das nossas expectativas. Esse feriado prolongado foi melhor que o anterior", conta, acrescentando que o 'inverno baiano', de céu azul e poucas nuvens, ajudou no crescimento das vendas que está aquecida desde o mês de junho.

"Cadeira e sombreiro eles (clientes) pagam, R$5 reais em cada item. Outras coisas, nada...Todo mundo traz pra consumir aqui", disse se referindo àqueles que preferem descer pra praia nas companhias da marmita e cooler.

A dona de casa Márcia Junqueira, 45, só gastou com as cadeiras e os sobreiros. Para distrair o estômago, levou de casa sua cerveja e peixe, que foi divido à beira do mar com o filho, cunhada e sobrinhas. "Faço isso sempre", revelou.

Também têm aqueles turistas que contam com a ajuda dos familiares que dão abrigo aos seus consanguíneos em solo soteropolitano, como é caso das irmãs pedagogas Edjane Rêgo, 42, e Evanilde Rêgo, 53, que vieram da cidade de Macaúbas, que fica a 682 quilômetros de Salvador. "Aproveitamos que tínhamos um exame marcado aqui pra ficar no final de semana. Estamos aproveitando conhecendo os pontos turísticos da cidade", disse Edjane.  

*Com a supervisão da editora Clarissa Pacheco