Ferido em tragédia na Estação Mussurunga passou por cirurgia reparadora

Atingido no rosto e no pescoço, o ambulante Euclides Oliveira segue no HGE

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  • Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2017 às 11:25

- Atualizado há um ano

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Uma das vítimas da tragédia na Estação Mussurunga ainda está internada no Hospital Geral do Estado (HGE). O ambulante Euclides Oliveira, 47 anos, foi atingido por uma facada no rosto e outra no pescoço, ao tentar defender Jacineide das facadas de Nelson Messias. Durante o ataque à colega ambulante, Euclides avançou para deter Nelson Messias, mas escorregou no chão molhado pelo sangue de Jacineide e caiu. Na queda, o agressor avançou para ele e desferiu o golpe, segundo testemunhas que viram o crime ocorrer na estação. Na madrugada de ontem, Euclides precisou realizar uma cirurgia para reconstituir parte da face. Segundo informações de familiares, não há previsão de alta para ele, cujo estado de saúde ainda inspira cuidados.

Já o fiscal da Estação Mussurunga, José Geraldo Nunes Leite, 52, que também tentou conter o assassino e  foi atingido na mão esquerda, foi ao hospital para fazer curativos, mas já está em casa.

Quando foi solto após agredir a ex-esposa Eleni Alves Lima, Nelson começou a circular pela Estação Mussurunga, dizendo que queria pegar ônibus. Ele chegou a ir ao local umas quatro vezes para estudar a área, segundo conta uma das irmãs dela. O comportamento de Nelson assustava os familiares da ex-companheira. Segundo o ex-cunhado, o motorista Dilton Carvalho Santos,  o agressor sempre sentia ciúmes de Eleni e costumava maltratar a mulher na frente dos outros.

"Quando a Eleni ia para a roça, onde a família morava, ele ia até lá busca-la. Fazia grosseria. A última vez que vi ele foi no enterro da nossa sogra, há um dois meses. Na época, ele estava se gabando e dizendo que já tinha passado um tempo no presídio", completou Dilton.   omo Nelson Messias também se matou após cometer o assassinato de Jacineide Alves Lima, não há como ele ser punido pelo crime. De acordo com explicações da Polícia Civil, enviadas ao CORREIO pela assessoria de comunicação do órgão, o inquérito que apura o crime da Estação Mussurunga será concluído e encaminhado à Justiça. A delegada titular da 14ª Delegacia (Barra), Carmen Dolores Bittencourt, que estava de plantão no HGE no dia do crime, acredita que Nelson Messias, que tinha passagem na polícia por roubo, se matou quando percebeu que não conseguiria fugir impunemente após assassinar a ex-cunhada e ferir mais duas pessoas.