Fernanda Gentil fala sobre respeito, igualdade e humanidade em solo

Carioca apresenta espetáculo 'Sem Cerimônia' entre sexta-feira (5) e domingo (7), no Teatro Isba

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  • Giuliana Mancini

Publicado em 5 de julho de 2019 às 09:45

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Juliana Hilal/Divulgação

Dona de um enorme carisma, não demorou muito para Fernanda Gentil cativar o público da Globo. E, desde que foi desligada do jornalismo esportivo da emissora, no fim do ano passado, resolveu ficar ainda mais perto dos fãs, se aventurando nos palcos. 

Não surpreendentemente, o desafio deu certo e, por onde passa, a carioca vem lotando teatros pelo Brasil. Assim será em Salvador, onde chega com seu espetáculo, Sem Cerimônia, entre esta sexta-feira (5) e domingo (7): não há mais ingressos e até uma sessão extra, aberta para sábado (6), às 19h, já está esgotada. No solo, ela comenta sua trajetória. “Eu quis criar essa peça para contar um pouco do que o povo não vê quando só me assiste na TV.  Mas, principalmente, para passar as mensagens que eu sempre achei importante passar. A gente fala muito de respeito, igualdade, de humanidade, tem muita dinâmica”, adianta.  (Foto: Juliana Hilal/Divulgação) “O teatro é a menor distância que eu já vi entre mim e o público, isso pra mim dá uma adrenalina muito diferente, um desejo muito grande de fazer acontecer. Eles cantam, respondem, contam um pouco da história deles por meio de perguntas e respostas, preenchem um papelzinho no início, e não posso falar muito mais pra não dar spoiler (risos)! Mas o objetivo é participar sem cerimônia”, segue.

Fernanda, inclusive, afirma que está animada para o encontro com os baianos.“[As expectativas são] as melhores possíveis! Eu sempre fui uma admiradora dessa energia que Salvador tem, e no Carnaval desde ano, eu pude sentir de perto. Foi minha primeira folia aí e eu logo fiz questão de voltar, dessa vez com a peça. Então só de estar perto e poder receber essa onda positiva dentro de um teatro é maravilhoso”, comemora."Salvador tem uma relação com todo brasileiro. Nossa primeira capital, terra de tanta coisa linda e gente especial. Dona de uma energia tão grande que se faz visível no ar. Passar o Carnaval em Salvador esse ano foi muito simbólico pra mim; fui com a minha família e pudemos sentir de perto tudo isso. Voltamos completamente revigorados para o ano todo, e isso não tem preço", afirma a carioca. (Foto: Juliana Hilal/Divulgação) Uma das histórias contadas pela jornalista no espetáculo é, claro, sobre seu tempo no jornalismo esportivo. "Um dia, meu sonho teve nome e sobrenome: trabalhar com esportes na Globo. Por 10 anos, eu realizei esse sonho. Encerrar esse ciclo foi dolorido mas importante; agora me sinto de novo desafiada, receosa e animada", diz."Mas meus sonhos, a partir daqui, não têm mais uma cara específica - só sei que em todos eles tem muito contato com o público, alegria, verdade, mensagens positivas, me sentir útil em novos projetos e sentir que realmente posso agregar aos desafios que me forem apresentados", continua.Outro tema que não fica de fora do solo é seu relacionamento com a esposa, Priscila Montandon. Mas, apesar de ter virado um espelho, para muita gente, no combate à homofobia, Fernanda não se diz muito confortável nesta posição.

"Não gosto de me colocar como exemplo nem referência de nada. Esse lugar pode ser muito traiçoeiro. Eu só sigo a minha vida da maneira mais natural possível. Essa é a minha maior bandeira, a naturalidade. Tudo o que faço tem como plano de fundo os meus princípios e valores. E se isso tem sido inspiração para algumas pessoas, me sinto honrada e fico muito feliz", comenta.

Serviço: Teatro Isba (Av. Oceânica, 2717, Ondina).  Sexta-feira (5), 21h; sábado (6), 19h e 21h; domingo (7), 17h. Ingressos (esgotados): R$ 40 (meia) e R$ 80 (inteira)