Festival do Cria reúne teatro, poesia e artes no Centro Histórico

Grupo Chame Gente está na programação gratuita que começa nesta quarta-feira (5)

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  • Anderson Ramos

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 20:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Carla Galrão/Divulgação

Apresentações teatrais, poesia, artes plásticas, fotografia, exibição de vídeos, música e rodas de conversa em torno do tema Diversidades. Tudo isso vai ser encontrado no IV Festival de Arte Educação – A Cidade Cria Cenários de Cultura, que será realizado em diversos espaços culturais do Centro Histórico, desta quarta-feira (5) a sexta-feira (7). O projeto, totalmente gratuito, é idealizado pelo Centro de Referência Integral de Adolescentes (CRIA).

Os mais de 60 adolescentes de 13 a 17 anos de 24 bairros de Salvador que são assistidos pelo CRIA terão destaque durante o evento com  apresentações teatrais  no Teatro Sesc Senac Pelourinho. Nesta quarta-feira (5), o Grupo Inclassificáveis estreia a peça Quem disse?, que trata de questões sobre identidade, diferença e respeito.

Na quinta-feira (6), será a vez de Pra Lá de Tempo, espetáculo do Grupo Chame Gente, que mostra a luta diária da juventude que vive em comunidades populares. O Grupo Iyá de Erê apresenta no último dia a peça Quem me Ensinou a Nadar, história que  se passa no Pelourinho e fala sobre as dificuldades que as mães tem de criarem seus filhos.

“É uma possibilidade de enxergar o poder de transformação da juventude através da arte e da cultura”, aponta André Araújo, coordenador multidisciplinar do CRIA. As apresentações serão seguidas de bate-papo. Nesta quarta, a convidada é a professora de teatro Catarina Lopes. Já na quinta, a Coordenadora Nacional do Coletivo Enegrecer, Tamara Terso. E sexta, a Doutora e Pesquisadora de Educação Étnico-racial, Vanda Machado.

Durante o evento também será apresentado o debate Um Olhar Sobre a Infância e Juventude nos Países de Língua Portuguesa. Compondo a mesa, estarão representantes de oito países que tem a língua em comum: Portugal, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Timor Leste, Cabo Verde e Brasil. O debate vai acontecer no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, na Rua do Tesouro, dia 5, das 10h às 13h. Grupo Iyá de Erê está no festival (Foto: Fernanda Pinheiro/Divulgação) Outra atração do Festival será o Pipoca e Papo, uma roda de conversa com a presença de convidados. Os debates vão girar em torno dos temas como diversidade, negritude,  ancestralidade, juventude e identidade. O encerramento vai ser com a música do grupo Coquetel Banda Larga, que traz composições próprias e releituras de artistas como Lenine, Gonzaguinha, Patativa do Assaré, Gilberto Gil e Caetano Veloso.

25 Anos O IV Festival Arte e Educação faz parte do início das comemorações dos 25 anos do CRIA, que faz aniversário no dia 27 de fevereiro. O CRIA foi fundado em 1994 pela professora da Escola de Teatro da Ufba, Maria Eugênia Millet. A ONG usa o teatro para dialogar com as temáticas que mais afligem os jovens. “O CRIA é mais um espaço que reconhece os adolescentes como sujeito de direito. Aqui incentivamos que o jovem eduque outro jovem e se torne dinamizador cultural, levando a  mensagem para as suas comunidades”,  diz o coordenador multidisciplinar do CRIA, André Araújo.

*Com orientação da editora Ana Cristina Pereira

Destaques da Programação Quarta-feira (5), às 19h | Quem Disse?, com o grupo Inclassificáveis Quinta-feira (6), às 19h | Pra Lá de Tempo, com o Grupo Chame Gente Sexta-feira (7), às 18h30 | Quem me Ensinou a Nadar, com o Grupo Iyá de ErêOnde: Teatro Sesc-Senac Pelourinho (Largo do Pelourinho)Entrada gratuita