Festival Varilux de Cinema Francês volta a Salvador em formato presencial

Mostra tem 16 filmes inéditos e dois clássicos com Jean Paul Belmondo

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  • Roberto Midlej

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: fotos: divulgação

Festivais de cinema são muito mais que uma mera exibição de filmes selecionados. Outro "charme" desses eventos é promover a reunião de pessoas com um interesse comum: a paixão pelo cinema. Por isso, se transformam em importantes pontos de encontro de uma comunidade intelectual. Agora, com a vacinação e passada a fase mais crítica da pandemia - ainda que todos os cuidados sejam exigidos, principalmente depois do surgimento de uma nova variante -, os festivais estão voltando a ocorrer de forma presencial.

Por isso, o Festival Varilux de Cinema Francês, em sua 12ª edição, está de volta a Salvador, a partir de amanhã. A exibição dos longas vai acontecer no Cinépolis Bela Vista e em dois espaços do Circuito Saladearte: MAM e Paseo, sendo que este segundo será reaberto especialmente para a mostra.

Mais uma vez, a diversidade marca a programação, com o melhor do cinema contemporâneo francês - são 17 filmes inéditos de diversos gêneros - e dois clássicos estrelados por Jean Paul Belmondo, morto em setembro deste ano aos 88 anos: O Magnífico (de 1973, dirigido por Philippe de Broca) e As Coisas da Vida (de 1970, com direção de Claude Sautet). Rio - onde o evento começou na semana passada - e São Paulo recebem uma mostra dedicada ao astro francês, com mais quatro produções estreladas por ele.  A comédia musical Tralala conta a história de um cantor que finge ser o filho de uma mulher, desaparecido há 20 anos “Estamos felizes em poder realizar o festival novamente este ano, com maior segurança, com a pandemia estabilizada e os eventos culturais retornando em todos as cidades”, comemora Christian Boudier, codiretor e cocurador do festival.

“Para nós, que em todos esses anos trabalhamos levando a cinematografia francesa para o público de cidades de todos os tamanhos e lugares do país, é muito gratificante voltar a oferecer cultura”, afirma Emmanuelle Boudier, também codiretora e cocuradora do evento.

Emmanuelle ressalta a capilaridade do Varilux, que neste ano chega a mais de 50 cidades brasileiras: "Normalmente, chegamos a  mais de 80 cidades, mas neste ano muitos cinemas fecharam por causa da pandemia ou demorou para que fossem reabertos. Estamos também em cidades menores, onde o cinema francês não chega. É muito importante esse diferencial nosso". Na Bahia, Vitória da Conquista também receberá o festival.

A cocuradora destaca também a diversidade que marca as edições anuais do Varilux. Para ela, é importante mesclar diretores revelados mais recentemente com outros mais experientes. Um veterano e frequentador habitual do Varilux é François Ozon, que chega com Está Tudo Bem.

"Gostamos de trazer diretores em começo de carreira, porque consideramos importante mostrar a novidade e a criatividade da nossa cinematografia. Também misturamos os gêneros: drama, comédia, aventura, documentário... Todo ano, trazemos uma animação, que desta vez é A Travessia". O suspense Um Intruso no Porão debate temas muito atuais, como o negacionismo do Holocausto e a ascensão da extrema direita SERVIÇO

Festival Varilux de Cinema Francês. Quinta-feira (2) até dia 15, no Cinépolis Bela Vista, Saladearte do MAM e Saladearte do Paseo. Preços variam conforme as salas. Programação completa em variluxcinefrances.com