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Artistas de nove países estrangeiros se apresentam em diversos palcos da cidade
Vinicius Harfush
Publicado em 16 de abril de 2019 às 06:30
- Atualizado há um ano
Com o intuito de ampliar o alcance da arte para o público de Salvador, o Festival Vivadança chega à sua 13ª edição consecutiva, com uma ampla programação desta terça (16) ao dia 29 de abril. O evento acontece sempre no mês de abril, marcando as comemorações do mês da dança na cidade. Teatros e espaços públicos de vários pontos da cidade se tornarão palco para performances nacionais e internacionais, que trazem desde espetáculos de dança contemporânea até batalhas de brake dance.
Para Cristina Castro, curadora do festival, a celebração tem como principal objetivo aproximar a arte da população, atingindo um público cada vez maior: “É um evento que convida o público a interagir. A gente cria uma rede de conexão de artistas e do público com a dança, que vai do centro ao subúrbio da cidade”, diz. O principal espaço que vai sediar o evento é o Teatro Vila Velha, no Campo Grande, mas a programação vai se espalhar por outros teatros e centros culturais, como o teatro Castro Alves , a Casa Rosada, nos Barris, a Escola de Dança da Ufba e o Goethe-Institut. Performance baiana Aroeira (Foto: João Milet Meirelles) Além das apresentações artísticas, o Vivadança promove o incentivo a arte através de parcerias com instituições, como escolas, que visitam os espaços durante as apresentações na cidade.
E, assim como disse a curadora do festival, os artistas que se apresentam na cidade têm a oportunidade de ampliar o alcance de um novo espetáculo, desenvolvido por quem vem se apresentar. Essa relação se dá através da mediação com os programadores, que são produtores culturais convidados a investir em novos trabalhos. Muitos deles são convidados e chegam de fora do Brasil.
Para quem quiser colocar em prática a arte da dança, serão oferecidas 18 oficinas abertas ao público, com diversos temas, e que se espalham durante os dias de programação do Vivadança. As aulas serão ministradas por professores brasileiros e estrangeiros. Para os interessados, basta acessar o site oficial do festival e escolher. Grupo de dança francês Tel Quel (Foto: Frédéric Iovino) Entre as atrações internacionais que vêm até Salvador, os destaques estão nas apresentações solo. Segundo Cristina, a curadoria buscou dar destaque aos solistas negros, entre eles está o moçambicano Edivaldo Ernesto, que se apresenta hoje na abertura no Vila Velha, com o espetáculo Tears. “O trabalho desses artistas se identifica muito com nossa realidade, por sermos uma cidade negra, que tem uma tradição de dança e música”, afirma Cristina.
Ainda segundo a curadora, é muito representativo Salvador receber por tantos anos um festival com esse formato e nessa proporção. “Temos plateias lotadas , por isso fico feliz da Bahia estar com esse nível de reconhecimento, das pessoas quererem vim pra cá dançar e promover esse evento”, completou. O Vivadança também promove oficinas para os inscritos (Foto: Marcelo Delfino) As inrições para participar das oficinas e a programação completa podem ser feitas através do site do festival.
*com orientação da editora Ana Cristina Pereira