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Festival acontece desta terça (22) até domingo (27) em diferentes espaços da cidade
Vinicius Harfush
Publicado em 22 de outubro de 2019 às 07:05
- Atualizado há um ano
Para muito além dos palcos, o Festival Internacional de Artes Cênicas (Fiac) cumpriu nos últimos 11 anos um papel de interferir culturalmente também no dia a dia da sociedade. E a 12ª edição, que começa nesta terça (22) e vai até domingo (27), mantém essa tradição, como observa o diretor geral do projeto, Felipe de Assis: “A cada edição, a gente trabalha numa perspectiva de compreensão, de que o Festival é também um espaço de encontro e formação”.
Com uma temática voltada para a construção do futuro, a programação deste ano reúne 11 espetáculos de teatro, dança e circo e outras linguagens. Para Felipe, o ponto alto da programação é a relação criada com a plateia, artistas e palestrantes: “A presença do público tem caráter participativo. Faz esses encontros irem além da superficialidade porque queremos uma experiência mais profunda e dedicada”. Montagem 4,5,4,3... Um Passo Por Vez (Foto: Julio Rosa/Divulgação) Hoje, no Vila Velha, às 10h, o tema da acessibilidade será discutido. Entre os palestrantes do seminário Acessibilidade e Mediação em Artes Cênicas, está Leo Castilho (SP), portador de deficiência auditiva, que vai discursar em libras. Um intérprete irá traduzir o discurso para a linguagem oral, num caminho inverso ao que é de costume, quando a expressão oral ganha versão em libras.
Às 20h, no Vila Velha, a cerimônia oficial de abertura será seguida do espetáculo Kintsugi - 100 Memórias, produzido pelo grupo Lume, de Campinas (SP), que traz a memória e suas consequências como principal tema.
As atividades formativas, coordenadas por Rita Aquino, abrangem oficinas e residências. Elas também têm a diversidade como marca. Peça Formigas (Foto: Erica Daniela/Divulgação) Para as crianças, um dos destaques é a oficina Sobe e Desce: Grandes Percursos para Pequenas Pessoas, que ensina parkur, uma técnica de saltos que ocupa espaços urbanos.
Entre as outras atrações, o diretor destaca a produção Formigas, que vem de Vitória da Conquista e propõe no palco pensar a condição humana a partir de uma sociedade de formiguinhas e como elas se organizam. Será exibida quinta-feira, às 20h. Espetáculo Onde Eu Guardo Um Sonho (Foto: Renato Mangolin/Divulgação) No mesmo dia, às 19h, tem Vamos Pra Costa?, interpretado por um grupo de dança de uma comunidade quilombola de Itacaré. Para Felipe, a montagem reforça o caráter histórico desses corpos e da dança, que se apresenta de forma menos folclórica segundo o diretor. De hoje a domingo, em diversos espaços da cidade. Ingressos variam de R$ 5 a R$ 30. Veja a Programação completa no site fiacbahia.com.br/
vinicius harfush, com orientação do editor roberto midlej