Filho de vítima de Doutor Bumbum quer lei com nome da mãe

Victor Calixto Gasques, de 24 anos, pede 'punição mais rigorosa' para erros médicos

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  • Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2018 às 17:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O filho da bancária Lilian Calixto, 46 anos, que morreu após um procedimento estético com o médico Denis Furtado, afirmou que quer a criação de uma lei com o nome da mãe que tenha punição mais rigorosa para erros médicos. De Cuiabá, Lilian foi até o Rio de Janeiro para passar pelo procedimento. Depois da aplicação no apartamento do médico, ela passou mal e morreu no domingo (15), no Hospital Barra D'Or, para onde foi socorrida pelo próprio Denis, que se apresenta como Doutor Bumbum.

Victor Calixto Gasques, 24 anos, diz que a mãe foi levada para um "matadouro" e teve a vida colocada em risco de maneira premeditada pelo médico. "Vou iniciar uma luta específica para que procedimentos estéticos sejam feitos absolutamente ao rigor da lei e da ética da medicina e que crimes como este sejam considerados hediondos com punição mais rigorosas. Haveremos de eternizar a passagem de minha mãe por este mundo com a Lei Lilian Calixto", diz trecho de uma nota enviada por Victor à imprensa.

Lilían faria a princípio o procedimento nos glúteos em Brasília. O médico, contudo, transferiu a sessão para o Rio de Janeiro, onde recebeu a bancária em seu apartamento. "A impressão que se dá é que levaram minha mãe para um matadouro e não para uma clínica especializada, induziram-na a pensar assim e convenceram-na a proceder desta forma, com argumentos ludibriadores e persuasivos", acusa o filho.

O médico e a mãe, a também médica Maria de Fátima Furtado, foram presos na quinta-feira (19) pela morte da bancária. A namorada do Doutor Bumbum também está presa - ela trabalhava como secretária da "clínica". O filho de Lilian afirma que o médico tem mentido mesmo depois de preso,  "numa manobra e tentativa insana e desesperadora de encobrir o feito".