‘Filme mais difícil que já fiz’, diz Gal Gadot sobre Mulher-Maravilha

Confira entrevista exclusiva no Nordeste com o elenco do filme mais aguardado do ano

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  • Laura Fernades

Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Warner/Divulgação
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Uma das estreias de cinema mais aguardadas do ano acontece nesta quinta-feira (17), data de lançamento de Mulher-Maravilha: 1984 no Brasil. A personagem feminina mais famosa dos quadrinhos está de volta após o elogiado primeiro filme. A expectativa, portanto, é alta. “Foi o filme mais difícil que fiz até agora”, anunciou a atriz que interpreta a protagonista, Gal Gadot, em evento global que o CORREIO participou.

A pré-estreia virtual acontece nesta hoje (15), às 17h, pelo site oficial do evento DCFanDome, ou pelas redes sociais da Warner Bros, da DC, da HBO Max e AT&T. Além do tapete vermelho, o público vai conferir um bate-papo com o elenco e com a diretora Patty Jenkins, um vídeo com cenas de bastidores, performance do compositor Hans Zimmer, que criou a trilha sonora, e uma prévia exclusiva do filme.

A superprodução investe em cenas de ação que valem o filme. Apesar disso, não é isso que dita a narrativa de Mulher-Maravilha: 1984. Ao longo de duas horas e meia, o público acompanha os dramas de Diana Prince, heroína que acabou se isolando do mundo depois de se deparar com as atrocidades humanas na Terra e de perder seu grande amor.

“Ela perdeu todos da sua equipe, estava se sentindo sozinha, não quis casar nem fazer novos amigos, porque se depararia com o fato de que poderiam morrer, então meio que se isolou do mundo. Seu único objetivo é ajudar a humanidade e fazer o bem”, explica Gal, sobre a protagonista da trama que será lançada nos EUA só no dia 24, junto com o streaming do HBO Max (ainda indisponível no Brasil).

Não vai ser fácil para a Mulher-Maravilha, afinal a ganância, o ego e a maldade de outros personagens vão servir de gatilho para um novo caos que vai dificultar a almejada paz no mundo. Com Chris Pine, Kristen Wiig e Pedro Pascal no elenco, o filme expõe os pontos fracos da humanidade com a fantasia do universo DC Comics e certa dose de romantismo que talvez incomode os que buscam mais objetividade e ação. O traje de ouro faz clara referência aos quadrinhos da heroína  (Foto: Warner/Divulgação) Desejos Abalada por seu amor perdido, Steve Trevor (Pine), a guerreira terá de impedir os planos malignos do empresário Max Lord (Pascal) e da Mulher-Leopardo (Wiig). Enquanto o primeiro filme mostra a transformação da pequena Diana na poderosa Mulher-Maravilha, o segundo foca nas reflexões sobre o destino da humanidade e o papel da personagem neste processo.

A mulher, que antes era ingênua, acorda para a realidade e se depara com um artefato que revela os desejos mais sombrios dos seres humanos. Mas, mesmo diante de tanto individualismo e falta de amor ao próximo, ela segue otimista e com esperança, acreditando na paz, na justiça, no amor e em uma forma de tornar o mundo um lugar melhor.

“Agora, com uma Mulher-Maravilha totalmente desenvolvida, comecei a refletir sobre o que estava acontecendo em nosso mundo e o que a Mulher-Maravilha gostaria de dizer para ele”, explica a diretora Patty Jenkins. “Ela não é perfeita, ela tem as próprias lutas e jornada para fazer a coisa certa, algo que é tão universal para todos nós. Ser herói não é fácil. Na verdade, é bem difícil”, completa.

Assim como a Mulher-Maravilha é uma semideusa com falhas, os vilões não são personagens 100% ruins. Traços de humanidade aparecem no implacável Max Lord e na decidida Mulher-Leopardo. “Há uma humanidade, não importa o quão sombrio seja o personagem”, comenta o ator Pedro Pascal, protagonista da série The Mandalorian, da Disney, que também passou pela série Narcos.

Kristen Wiig concorda e diz que não queria que sua personagem fosse uma típica garota tímida transformada em vilã. “Nós realmente queríamos saber: o que há sobre ela que a torna tão invisível? O que ela realmente quer? Foi uma experiência incrível”, conta a atriz que fez A Vida Secreta de Walter Mitty (2013) e Meu Malvado Favorito (na voz de Lucy). Essa é a terceira vez da atriz no papel da amazona imortal (Foto: Warner/Divulgação) Poder Ao contrário do primeiro filme, cujo tempo passa que o telespectador nem sente, Mulher-Maravilha: 1984 se arrasta em alguns momentos e poderia ter 30 minutos a menos de duração sem prejuízo. A história demora a deslanchar no início e quase perde a atenção de quem assiste. Apesar disso, o final surpreende com uma mensagem de esperança que o mundo está precisando.

As cenas de ação também prendem e tornam a história ainda mais interessante. Foram quase 8 meses de gravação nos EUA, Espanha e Reino Unido. A grande batalha entre as poderosas mulheres da trama, por exemplo, foi fruto de um árduo trabalho de produção que construiu todo o imponente cenário. 

“Não tínhamos uma instalação que desse conta disso, então literalmente tivemos que criar. Portanto, o propósito único desse palco foi ser construído para esta incrível luta que tivemos, um balé”, explica o produtor Charles Roven, que também assina Liga da Justiça (2017) e Mulher-Maravilha (2017). “Estou fazendo isso há um tempo e esse foi um dos filmes mais complexos que já produzi”, constata.

Com um final em aberto, que dá espaço para um terceiro filme já anunciado pela diretora, Mulher-Maravilha: 1984 tenta passar uma mensagem poderosa para as mulheres que têm cada vez mais força. “Não tive sorte o suficiente de ver tantos tipos de personagens como a Mulher-Maravilha quando era criança”, confessa Gal. Por isso, a atriz ficou tão comovida ao assistir à primeira sequência da saga.

“Fiquei tão emocionada que pela primeira vez não senti como se fosse Gal, a atriz. Me senti a criança de oito anos assistindo à outra criança de oito anos fazendo algo fora do mundo”, conta, sobre a cena da pequena Diana. “Me comoveu profundamente. Então percebi o poder desses filmes, você pode se tornar alguém quando vê. É tão poderoso e tão forte que me sinto muito honrada de fazer parte disso”, agradece.

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