Flica: Famílias curtem evento desde as primeiras horas do sábado

Durante todo o dia, crianças e adultos revezaram o que queriam ver no penúltimo dia de programação

Publicado em 26 de outubro de 2019 às 19:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Quem conhece a Flica sabe que se a intenção é ver uma das mesas mais esperadas da programação, é preciso chegar cedo. A fila começa a se formar horas antes das portas do Claustro do Convento se abrirem, e se for a primeira do dia, isso pode significar uma movimentação intensa na cidade desde as primeiras horas da manhã. Foi o que aconteceu neste sábado, quando uma multidão esperou ansiosa o cordelista Bráulio Bessa.

Presente na mesa "Pra Cada Canto Que Eu Olho, Vejo Um Verso se Bulindo", que reuniu ainda os poetas Antônio Barreto e Maviel Melo, Bráulio recitou poesias e falou sobre sua trajetória, que ganhou uma uma projeção inimaginável depois de ele se tornar colaborador fixo do programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo."O que me bole é esse poder transformador, conscientizador, que existe na palavra, na poesia. Minha maior fonte de inspiração é gente, e aí sim transformar tudo isso em poesia. Olhar para cada um aqui, e perceber que existe poesia. Eu vejo poesia no povo!" - Bráulio BessaA fama tem se revertido em leitores, seguidores e em um público como o que foi visto na Flica, ávido por ouvi-lo e vê-lo. "Deixei minha filha com a vizinha, dizendo que ia para o mercado, e vim cedo para cá. Queria comprar o livro dele e pegar o autógrafo, mas não ia poder esperar. Pelo menos, consegui vê-lo, mas muita gente ficou de fora", comentou a enfermeira Marília Carvalho, 33 anos. 

Depois de ver a mesa, ela voltou para casa para buscar a filha e voltar à Flica à tarde. "Moro perto, a 5 km daqui de Cachoeira, então sempre venho. Agora é o momento família, mas gosto de curtir de todo jeito, sozinha, com as amigas. Vim todos os dias, em quase todas as edições, e amanhã venho de novo", explicou.

Na hora em que a reportagem a encontrou, ela estava na fila do Cine Teatro Cachoeirano, onde funciona a Fliquinha, com a filha e três outras crianças. Eles esperavam o início do espetáculo Brincadeiras Cantantes, do grupo Canela Fina, previsto para começar em uma hora. "Queríamos ver outras coisas nesse tempo, mas se não ficarmos aqui, quando voltarmos, não vamos conseguir entrar. Minha filha queria ver outras coisas, mas expliequei a ela que temos de esperar aqui", contou. 

Quem também esteve na Fliquinha, só que pela manhã, foi a universitária Luciele Rodrigues, de 27 anos, que também estava acompanhada da filha de dez anos, e de sobrinhas menores."Eu acho importante para a criança um evento literário como esse, para que ela esteja em conexão com os escritores, com as histórias, com a arte", avaliou. Moradoras de Conceição de Feira, elas chegaram à Flica neste sábado cedo, também no intuito de ver a primeira mesa literária do dia, mas não conseguiram. Maria Luiza, 10 anos, e as amigas saíram de Conceição de Feira para aproveitar a Flica pela primeira vez (Foto: Marília Moreira/ CORREIO) Nada que impedisse de elas refazerem a rota e curtirem outras coisas da programação. Para Maria Luiza, de 10 anos, o fim de semana foi incrível. "A gente viu teatro de bonecos, contação de histórias, e ainda ganhamos livros", contou ela, cheia de planos para curtir o fim da tarde no evento. 

A Fliquinha segue com programação amanhã, quando escritores se reúnem para contação de histórias e o Grupo Corrupio apresenta o espetáculo musical Brincaderê.

A Festa Literária Internacional de Cachoeira  é realizada pela Icontent e Cali, com patrocínio do Governo do Estado e da Coelba, via Fazcultura.  O evento tem apoio institucional da Rede Bahia e apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeira.