Foco na respiração e na máscara, o coronavírus ainda circula entre nós

As notícias que marcaram a semana

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  • Andreia Santana

Publicado em 9 de outubro de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Depois de 19 meses de pandemia, o kit de sobrevivência álcool em gel e máscara de proteção já são velhos conhecidos de quem precisa se deslocar com risco menor de contrair o famigerado coronavírus e suas mutações. No entanto, nos últimos dias, por conta do aumento no índice de vacinados e da redução de internações e mortes pela covid-19, o país começou a discutir se já está na hora de aposentar a máscara e exibir novamente o carão em praça pública. Rio de Janeiro e São Paulo encabeçam o movimento dos sem máscara, mas especialistas advertem que ainda é cedo para mostrar o batom ou o barbeado no capricho.

No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD), afirmou na quarta-feira, 06, que o fim da obrigatoriedade da máscara em locais públicos pode cair até o dia 15 deste mês. No estado do Rio, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, já flexibilizou o uso, mas não sem receber fortes críticas de especialistas em saúde. Em São Paulo, flexibilizar ou abolir a máscara ainda está em estudo. A intenção do governo paulista é adotar a medida com índices de vacinação acima de 90%, com as duas doses.

Em Salvador, o secretário municipal de Saúde, Léo Prates, considerou a discussão sobre abolir ou não a máscara precipitada, na quinta-feira, 07.

“Eu acho que essa discussão é totalmente inoportuna. O nosso problema não está no uso de máscara, está na retomada econômica, na retomada do turismno, com toda segurança, na retomada do setor de eventos que é tão importante para nós", afirmou Prates em evento.

O secretário defende que a máscara só deve ser abolida quando for 100% seguro. Em Salvador, até a sexta-feira, 08, 1.307.013 pessoas haviam recebido as duas doses de vacina.  Duque de Caxias, na Baixade Fluminense, flexibilizou o uso das máscaras (Foto: Tomaz Aquino/Agência Brasil) A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) é uma das entidades que recomenda que, além da redução nos casos e mortes, seja levado em consideração para que as máscaras sejam abolidas, o índice de pessoas vacinadas na população e a taxa de transmissão do coronavírus. Com o surgimento de variantes como a Delta, que tem alta taxa de transmissibilidade, a entidade recomenda cautela na decisão.

Fora do Brasil, Portugal suspendeu o uso de máscaras em algumas situações, mas só quando alcançou 80% de sua população imunizada com as duas doses ou dose única de vacina. Ainda assim, o país europeu ainda exige o acessório de segurança em eventos, transporte público, hospitais, shoppings e mercados, segundo dados divulgados na quinta-feira, 07, pelo podcast Durma com Essa, do Nexo.

Em outros países da Europa, como França, Reino Unido e Dinamarca, também já ocorreram flexibilizações, mas a realidade vacinal nesses locais não é a do Brasil. Por aqui, somente 44% de toda a população do país já está totalmente imunizada.

Na capital baiana, a vacinação avançou até adolescentes de 12 anos, mas a cidade aguarda liberação da Anvisa para começar a imunizar as crianças de 6 a 11 anos. Por aqui, enquanto a imunização não é concluída, vale a regra de que usar máscara é autoproteção e respeito ao coletivo.

Brasil entre os cinco que mais produzem lixo eletrônico

O Brasil é o quinto país que mais gera lixo eletrônico (baterias de celular, eletrodomésticos, computadores, fones, etc.) no mundo. A informação é da pesquisa Resíduos Eletrônicos no Brasil - 2021, divulgada na quinta-feira, 07, pela Green Eletron, gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletroeletrônicos e pilhas.

De acordo com o estudo, a maior parte dos brasileiros (87%) já ouviu falar em lixo eletrônico, mas um terço (33%) acredita que esse lixo está relacionado ao meio digital, como spam, e-mails, fotos ou arquivos compartilhados na internet. Para outros 42% dos brasileiros, o lixo eletrônico consiste nos aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos quebrados e 3% acreditam que são todos os aparelhos que já viraram lixo, ou seja, apenas os que foram descartados, inclusive aqueles que acabam incorretamente em aterros ou na natureza. Pesquisa mostrou que 16% dos brasileiros descartam com frequência eletrônicos no lixo comum (Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil) A pesquisa também especificou alguns produtos para saber se as pessoas os reconheciam como lixo eletrônico. Mais de 90% acreditam que celulares, smartphones, tablets, notebooks, pilhas e baterias são lixo eletrônico. Mas, 51% não acham que as lâmpadas comuns, incandescentes e fluorescentes são lixo eletrônico; 34% acreditam que lanternas também não entram na categoria; e 37% descartaram as balanças da lista. 

De acordo com o The Global E-waste Monitor 2020, anualmente, mais de 53 milhões de toneladas de equipamentos eletroeletrônicos e pilhas são descartadas em todo o mundo, gerando impactos negativos no meio ambiente por vazamentos de químicos.

Baiano no topo Torto Arado é o romance de estreia de Itamar Vieira Jr., autor também de Doramar ou a Odisseia (Foto: Nara Gentil/CORREIO) Torto Arado, o premiado romance do escritor baiano Itamar Vieira Jr, publicado pela Todavia, está há 10 meses no primeiro lugar da Lista Nielsen PublishNews, ranking que faz a apuração dos autores nacionais mais vendidos nas livrarias brasileiras. A informação foi divulgada na segunda-feira, 06, pelo site PublishNwes, especializado em notícias do mercado editorial. O livro encabeça a lista dos mais vendidos de ficção desde janeiro deste ano. Um feito com o qual o autor já está até acostumado, pois foi o primeiro a alcançar o topo das listas de mais vendidos no país com o livro de estreia. Torto Arado narra a dramática realidade nordestina, imersa em pobreza, conflitos agrários, violência de gênero e exploração do trabalho análoga à escravidão. O romance de Itamar foi premiado com o Leya de Literatura, em Portugal, o Oceanos 2020 e o Jabuti, entre outros prêmios. Também já foi traduzido e publicado fora do Brasil.

Nobel de literatura Abdulrazak Gurnah vive no Reino Unido desde os anos 1960 (Foto: Divulgação) O escritor Abdulrazak Gurnah, nascido na Tanzânia mas radicado no Reino Unido, é o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2021. Seu nome foi anunciado na quinta-feira, 07, pela Academia Sueca. Foi o quarto Nobel divulgado na semana, os outros foram de Medicina, Física e Química. Desde 2012, o prêmio de literatura não saia para autor fora da Europa ou dos Estados Unidos. O escritor e romancista nasceu em 1948 e se mudou para o Reino Unido na década de 60, como refugiado. Abdulrazak Gurnah, de 73 anos, escreve em inglês e já publicou Paradise (1994), Desertion (2005), e By the Sea (2001). Ao todo, são dez livros. Ele também foi professor de inglês na Universidade de Kent e membro do júri do Man Booker Prize, em 2016. Gurnah reflete sobre os efeitos perversos do colonialismo na África, o destino dos refugiados e o choque cultural entre eles e os países para onde se mudam, geralmente no continente europeu.

Para refletir... Samara e as filhas, que foram ofendidas na internet com críticas racistas (Foto: Reprodução/Instagram) Imaginem quantas crianças pretas sofrem, deixam de estudar, machucam seu coro cabeludo para alisarem os cabelos, se odeiam e crescem cheias de dores e traumas, Samara FelippoA atriz desabafou contra o racismo na internet após suas duas filhas sofrerem ataques nas redes sociais.