Forças Armadas fazem operação em Bangu III

Um dos alvos da ação é a galeria B7, que abriga os chefes da maior facção criminosa do Rio, o Comando Vermelho

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  • Da Redação

Publicado em 27 de março de 2018 às 09:36

- Atualizado há um ano

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Cerca de 220 homens do Exército e do apoio do Batalhão de Engenharia, além de 120 inspetores deram início a uma grande operação na penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, a Bangu III, na manhã desta terça-feira (27). A ação tem como objetivo apreender materiais ilícitos dentro dos presídios.

De acordo com o site Extra, uma reportagem do O Globo mostrou um sistema de corrupção no local, que funciona como escritórios do crime, onde os presos, principalmente os chefes de facções, encontram um terreno fértil para comandar o mercado das drogas. 

Um dos alvos da ação é a galeria B7, que abriga os chefes da maior facção criminosa do Rio, o Comando Vermelho (CV), que não foram transferidos para presídios federais. Por isso, o grupo, que ocupa uma cela com capacidade para 90 presos, é chamado de “comissão” ou “conselho de lideranças”. A B7 é a “panela de pressão” do sistema prisional.

Três investigações que estão em curso desvendaram um conjunto de violações que vai de fraudes em contratos públicos, incluindo a compra de quentinhas para presos, a esquemas de entrada de celulares, armas e drogas nas celas.

Ainda conforme as informações do Extra, o novo secretário de Administração Penintenciária (Seap), David Anthony, havia afirmado que não haveria nenhum lugar dentro do sistema prisional que os agentes da Seap não fariam uma varredura, com ajuda das forças militares que atuam na intervenção.