Forro do teto se desprende e cai no meio do Shopping Paralela

Pessoas que estavam no local no momento do incidente filmaram a situação

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  • Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 19:46

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Uma parte do forro do teto do Shopping Paralela caiu na tarde desta segunda-feira (25) e assustou alguns clientes e funcionários que estavam no local. Recentemente, o estabelecimento já havia sido notificado por ondulações no estacionamento.

A placa de gessso se desprendeu do teto e caiu em frente a uma loja de calçados. Ninguém ficou ferido. Uma pessoa que estava no local no momento do incidente filmou a situação. È possivel ver que a peça passou por dois pisos do shopping, entre a escada rolante e os parapeitos, e caiu no térreo.

Em nota, o empreendimento confirmou o incidente e informou que a área foi isolada. "A direção do shopping lamenta os transtornos provocados", diz o texto. O shopping não informou o que causou a queda da placa de gesso, nem se existe risco de outras partes se soltar.

Ondulações e rachaduras em estacionamento O Shopping Paralela, em Salvador, foi notificado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) na manhã desta sexta-feira (15) por apresentar supostas irregularidades em um dos pisos do seu estacionamento. A pasta afirmou que fiscais do órgão fizeram uma vistoria no local após receber denúncias de que o chão estava ondulado.

O CORREIO entrou em contato com o Shopping Paralela, que se manifestou através de uma nota. Nela, o empreendimento afirma que as ondulações não oferecem nenhum risco estrutural, de acordo com um laudo técnico. 

Uma mulher que trabalha no shopping e preferiu não se identificar, afirmou que, recentemente, houve um apagão no shopping que durou cerca de meia hora e as pessoas foram orientadas a não ter acesso ao G2. 

“[Quando aconteceu o apagão] Tinha carro no estacionamento e tudo. No G2 tem várias ondulações, tem vários buracos mesmo”, denunciou a funcionária.

Em nota, a Sedur afirmou que o Paralela tem um prazo de 20 dias para realizar a correção no piso do estacionamento e que a sanção foi aplicada com base na “Lei 5907/2001, que dispõe sobre manutenção preventiva e periódica das edificações e equipamentos públicos ou privados em Salvador”.

“Não vamos aceitar o argumento de desconforto estético e visual dito pelo shopping, o que pode causar situação de pânico para população. O piso precisa ser plano, liso e deve gerar conforto e segurança aos seus frequentadores”, afirmou Sérgio Guanabara, titular da Sedur.

Segundo a lei, os responsáveis pelas edificações deverão providenciar a recuperação, manutenção, reforma ou restauro necessário à segurança. A legislação estabelece, ainda, que os laudos técnicos das vistorias devem ser mantidos em local que possa ser acessado pela fiscalização municipal.

Confira a nota do Shopping Paralela na íntegra:“A administração do empreendimento esclarece que as ondulações existentes no estacionamento do piso G2 não possuem nenhum risco estrutural de acordo com o laudo emitido e protocolado junto aos órgãos competentes, onde atesta a solidez e segurança de todo os pilares de sustentação do centro de compras. Conforme já informado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano, o shopping possui licença para ampliação do terceiro pavimento. O Shopping reforça ainda que se encontra com toda a documentação regularizada".

Mais notificações Além da Sedur, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) também realizou vistoria no estacionamento do Shopping Paralela. Em nota, a Defesa Civil afirmou que a área apresenta problema e deu 15 dias de prazo à direção do estabelecimento para apresentar um novo laudo técnico sobre o problema.

A pasta afirmou que em abril de 2018 realizou duas vistorias no mesmo local e na ocasião constatou os mesmos problemas. 

Foi dado um prazo de 60 dias para o cumprimento, como indica a notificação de número 82.129, datada de 12 de abril de 2018. Em resposta, o Shopping Paralela, encaminhou à Codesal, dia 24/05/18, carta e parecer estrutural realizado em setembro de 2017,  segundo a direção do shopping, "constata a ausência de qualquer tipo de risco à estrutura dos Shopping". O parecer foi assinado pelo engenheiro civil João Gabriel Silva Freire e alegava que o problema “não põe em risco a estabilidade da estrutura, causando apenas problemas estéticos e de conforto dos usuários".