Fóssil de Luzia é achado nos escombros do Museu Nacional

Pesquisadora afirmou que o fóssil sofreu alterações, mas celebrou

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  • Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 14:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

O crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo das Américas, foi encontrado nos escombros do Museu Nacional, segundo disse nesta sexta-feira (19) Cláudia Rodrigues, da equipe de escavamento da instituição. Um incêndio destruiu o museus no último dia 2 de setembro. Cláudia afirmou que o fóssil sofreu alterações por conta do fogo.

"Nós conseguimos recuperar o crânio de Luzia. É claro que, em virtude do acontecimento, sofreu algumas alterações, tem alguns danos. Mas nós estamos comemorando", disse a professora a O Globo. "O crânio foi encontrado fragmentado, e a gente vai trabalhar na reconstituição. Pelo menos 80% dos fragmentos foram identificados", diz.

De acordo com os técnicos, as partes achadas foram a frontal (testa e nariz), lateral, ossos que são mais resistentes e o fragmento de um fêmur, que também fazia parte do fóssil e estava guardado. Uma parte da caixa onde o crânio de Luiza estava também foi recuperada. O trabalho de montagem dos fragmentos encontrados ainda não começou.“Estamos no momento do escoramento e já podemos recuperar algumas partes do acervo. Hoje é um dia feliz, conseguimos recuperar o crânio da Luzia, dano foi menor do que esperávamos. Os pedaços foram achados há alguns dias, eles sofreram alterações, danos, mas estamos muito otimistas com o achado e tudo que ele representa. Ele estava em um local preservado onde já ficava, que era um local estratégico. Ficava dentro de uma caixa de metal dentro de um armário”, explica Claudia.O fóssil foi localizado há alguns dias, em estado melhor do que os pesquisadores esperavam. A comunidade científica estava mobilizada buscando Luzia desde o dia do incêndio, que destruiu a maior parte do acervo do museu, que tinha 20 milhões de itens. As coleções de vertebrados, invertebrados e insetos foram preservadas, mas toda coleção egípcia foi destruída.

Luzia O fóssil foi encontrado na década de 1970 em Minas Gerais. Ele foi responsável por mudar a teoria de como ocorreu a povoação do continente americano.

A busca pelo fóssil foi realizada a partir das obras emergenciais, que são realizadas há cerca de 1 mês, para tentar recuperar o que for possível nos escombros. As intervenções desse tipo seguem até fevereiro de 2019, ao custo de R$ 9 milhões.