Fotógrafo busca apoio para concluir projeto de livro sobre naufrágios

Apaixonado pelo tema, Lúcio Távora quer publicar livro fotográfico sobre as embarcações afundadas na Baía de Todos os Santos

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  • Murilo Gitel

Publicado em 3 de dezembro de 2017 às 05:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: (foto: Lúcio Távora / Agência Tempo)

Um apaixonado pela história dos naufrágios da BTS. Assim pode ser definido o fotógrafo brasiliense, radicado em Salvador, Lúcio Távora. O profissional, que tem 20 anos de experiência e passou por algumas das maiores redações de jornal do País, chegou a ter o projeto de um livro fotográfico sobre o tema aprovado em 2013, mas que não foi concluído por falta de apoio institucional e recursos financeiros. 

“Realizei diversos mergulhos pelos naufrágios na BTS, principalmente em parceria com o doutor em arqueologia Rodrigo Torres, mas, infelizmente, muito dessa pesquisa de quatro anos se perdeu na ocasião de um assalto”, lamenta Távora, que conseguiu salvar imagens que ilustram esta matéria, como a do Utrecht e do Cavo Artemidi.  

O fotojornalista tem o objetivo de conseguir apoio para retomar os mergulhos e, assim, concluir o projeto do livro, um sonho antigo. “A Bahia tem uma potencialidade fantástica para proporcionar o turismo de mergulho arqueológico e histórico, mas isso não tem sido aproveitado. Tem artefatos nesses naufrágios de mais de 300 anos, que estão se perdendo”, aponta.  

Távora, que conheceu o mar pela primeira vez aos 18 anos, quando visitou uma namorada que tinha ido morar no Espírito Santo, descobriu uma grande paixão. Já em 2008, ao ser arrastado por uma correnteza na região do Porto da Barra, acabou tendo um contato involuntário com vestígios de um naufrágio – provavelmente do Maraldi – o que despertou a curiosidade do profissional. “Fiquei doido e partir de então passei a mergulhar para registrar esses sítios”, conta.