Franceses dispensam favoritismo em semifinal contra a Bélgica

Discurso dos jogadores é de pés no chão para tentar chegar a mais uma decisão

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  • Bruno Queiroz

Publicado em 8 de julho de 2018 às 19:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: AFP / FRANCK FIFE

Quanto vale o peso de uma camisa no futebol atual? A Copa do Mundo da Rússia tem provado que tradição já não faz mais tanta diferença dentro das quatro linhas. O México venceu a Alemanha, Marrocos empatou com a Espanha, que depois seria eliminada pela Rússia. Em um dos confrontos mais desiguais considerando apenas o histórico, o Brasil deu adeus ao Mundial diante da Bélgica. 

Próximo adversário do algoz brasileiro, nesta terça (10), às 15h, em São Petersburgo, a França está totalmente ciente dos perigos de ser considerada favorita. Por isso, os franceses dispensam qualquer vantagem colocada pela mídia ou torcedores diante dos belgas e tentam até inverter o jogo, lembrando que no ranking da Fifa estão atrás dos rivais da semifinal. 

“Acho que está 50% a 50%. Não tem favorito. É uma grande nação. Está na frente do ranking da Fifa, mas são grandes seleções, com ótimos jogadores. Que o melhor ganhe”, opinou o lateral Hernandez. A Bélgica é atualmente a terceira colocada e a França, a sétima. 

Enquanto a campeã de 1998 chega pela sexta vez entre as quatro melhores seleções de uma Copa, a Bélgica alcançou as semifinais apenas pela segunda vez. A outra foi em 1986, quando foi eliminada pela Argentina e depois acabou perdendo a disputa do terceiro lugar justamente para a França. 

Do outro lado, há também um confronto semelhante, entre uma campeã mundial, a Inglaterra, e a Croácia, tentando chegar a uma decisão pela primeira vez. Os croatas já repetiram a campanha de 1998, quando chegaram na semi e depois ficaram com a terceira colocação. 

“Penso que não há favorito. Restam boas equipes. Estamos na semifinal, com uma partida muito difícil pela frente. Teremos que dar tudo. Uma final é uma final, não sabemos o que pode acontecer. Vamos jogo a jogo. Vamos dar tudo para ganhar”, afirmou o zagueiro francês Varane.   

Além da preparação nos aspectos físicos e técnicos, Deschamps tem tido cuidado para trabalhar mentalmente a sua equipe. Um dos seus alvos foi o jovem Mbappé, um dos destaques da seleção no Mundial. 

O camisa 10 teve momentos de descontrole nas quartas de final contra o Uruguai, quando levou um cartão amarelo e se envolveu numa pequena confusão após dar um passe de letra, que irritou os uruguaios. 

“Eu disse: ‘Me escuta, para de fazer m... Para, acabou. Não faça mais isso”, contou o comandante francês, antes de completar: “Ele merece toda a admiração por tudo que faz, mas quando tem alguma coisa que não me deixa satisfeito... É pelo bem que faço isso. Foi o que disse para ele. Não tinha nenhuma vontade de perdê-lo para o próximo jogo”.