Funcionário é morto pelo patrão após tomar café fora do horário de intervalo

Vítima teve coração perfurado por uma chave e sofreu três paradas cardíacas antes de morrer

Publicado em 6 de junho de 2022 às 21:41

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Reprodução

Um homem foi morto pelo seu patrão, na manhã desta segunda-feira (6), dentro da empresa em que trabalhava em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo informações da Polícia Civil, Marcelo Camilo, 36 anos, foi morto por tomar café fora do horário estipulado para o intervalo.

Conforme informações do G1, a vítima foi levada ao Hospital da Unimed do município com um ferimento no coração causado por duas perfurações. Ele ainda sofreu três paradas cardíacas antes de morrer.

Uma câmera de segurança da empresa  registrou o momento em que Marcelo sai de uma sala com a mão no peito e curvado. Ele passou por um setor em que outros funcionários estavam trabalhando e saiu por outra porta. O suspeito do crime também é visto nas imagens, seguindo a vítima, mas não parece prestar socorro. 

Segundo o delegado André Serrão, responsável pela investigação, o suspeito havia determinado que os funcionários só poderiam tomar café durante uma determinada faixa de horário. A vítima teria ido ao local de intervalo em um horário diferente, o que deu início à discussão. O chefe, então, usou um instrumento para agredir o Marcelo.

A polícia abriu investigação para apurar se o objeto usado no crime, uma espécie de chave, era uma ferramenta de trabalho ou se pertencia ao suspeito.

"O supervisor tinha muitos conflitos com seus funcionários. Inclusive, na semana passada, já teve um atrito com seus funcionários, em que ele tinha proibido veementemente que eles consumissem o café naquele determinado horário e, por isso, foi gerada a desavença, que culminou com esse resultado, que abalou a cidade", diz o delegado André Serrão.

O empregador é considerado foragido pela polícia. O homem, que não teve sua identidade revelada, já tinha passagem pela policia por uma denúncia de ameaça.