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"Vou ter que viajar sozinho? Por que só comigo?", diz. COB fala em restrição do Japão
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2021 às 10:28
- Atualizado há um ano
O surfista Gabriel Medina reclamou que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) se negou a dar uma credencial à esposa do atleta, Yasmin Brunet, para as Olimpíadas de Tóquio. Ela tem acompanhado Medina em todas as etapas do Circuito Mundial de Surfe recentemente e ele não gostou de saber que não vai contar com a companhia da mulher, com quem casou em fevereiro.
"Questionei o COB se posso levar a Yasmin, eles falaram que ela não tem nada a ver com o surfe, que ela não poderia ajudar a delegação. Mas e o marido da Tati (Tatiana Weston-Webb)? Ele surfa, participou do Circuito Mundial. Estou só questionando por que eu não posso levar", disse o surfista, em entrevista à CNN Brasil. "São as pessoas que me ajudam. Não é porque é melhor, é porque são pessoas que estão no meu dia a dia. Acho certo eles levarem o time deles, só que eu não sei qual a dificuldade de eu levar o meu time. Eu vou ter que viajar sozinho? Por que só comigo, sabe?", acrescentou.
Segundo Medina, cada surfista pode levar duas pessoas dentro da sua comissão técnica, o que para ele permitiria que contasse com Yasmin no staff. "A gente pode levar para o Japão duas pessoas dentro da comissão, e cada atleta está levando o seu pessoal. O Ítalo (Ferreira) está levando um amigo que o ajuda, e comigo estão dificultando", se queixou.
O surfista diz que passou por mudanças na vida pessoal e profissional. "Minha vida mudou, eu tinha outro coaching, outra estrutura, duas pessoas que não trabalham mais comigo, e não me deram a confirmação se vou poder levar meu atual coaching", diz.
Medina diz que está animado para a estreia do surfe nas Olimpíadas. "Desde criança, assisto às Olimpíadas. Eu torcia para todos os brasileiros, independentemente do esporte. E no final o que eu queria ver era o Brasil ganhando medalhas, subindo no ranking e passando os outros países. Só de pensar nisso me dá uma motivação a mais", garante.
O COB informou que substituiu e credenciou Andy King para ser treinador de Medina na Olimpíada. Informa que segundo o regulamento do torneio, "somente um profissional que esteja credenciado na lista larga pode substituir outro". Acrescenta que há limitação de credenciais para as delegacções e que sua política é de que os oficiais tenham apenas "funções estritamente técnicas". Por conta disso, cada surfista do Brasil "terá apenas um profissional da área técnica com experiência comprovada".
Ainda segundo o comitê, o programa Familiares e Amigos, que permitira que os competidores pudessem receber pessoas próximas nas cidades sede, foi cancelado por conta da pandemia. "O Japão impôs diversas restrições a todos os países participantes, impedindo inclusive a entrada de familiares, amigos, fãs e turistas no país durante o período dos Jogos, que também devem ocorrer sem público".