'Ganhar significa a oportunidade de estar ali', diz Brown sobre o The Voice

Reality show musical começa nova fase terça-feira (4): a Batalha dos Técnicos

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  • Naiana Ribeiro

Publicado em 2 de setembro de 2018 às 11:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Raquel Cunha/TV Globo

A partir da próxima terça-feira (4), o The Voice Brasil, reality musical da Globo/TV Bahia, começa uma nova fase do programa: a Batalha dos Técnicos. Cada time começa a etapa com nove candidatos. A etapa consiste em batalhas especiais, com shows ao vivo, em que a disputa deixa de ser entre candidatos do mesmo time e passa a ser entre cantores de times adversários. Um sorteio é feito para descobrir qual técnico começa escolhendo seu opositor. A partir daí, Ivete, Brown, Lulu e Teló escolhem quem de seu time irá duelar com o time adversário. Nesta fase, a decisão fica totalmente nas mãos do público.

O CORREIO conversou com o baiano Carlinhos Brown, 55 anos, sobre o momento que o reality passa. Ele é o único jurado que participou de todas edições da atração

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Carismático, expressivo e cheio de energia, Brown anima a atração com seus 'Ajayô'. É dono de um time com potentes vozes. “O que mais queremos é mostrar um grande show e o melhor do nosso trabalho para o público”, afirma. Confira entrevista completa. 

Qual avaliação você faz do programa até agora? Numa competição como essa, encontramos desafio a cada momento, sobretudo quando estamos na fase ao vivo, porque escolher é uma responsabilidade gigantesca, pois todos ali, candidatos, produtores e técnicos, estão movidos pelo sonho e ninguém quer acordar. O que procuro dentro da avaliação mais real é encontrar a força do cantar e o que a voz passa de emoção. Nem sempre a voz é extremamente afinada, mas ela pode arrepiar e ir direto à alma, e isso nos coloca num posicionamento difícil, porque cantar vai além de um belo tom. O nosso desafio é não eliminar erradamente e ter uma compreensão de que muitos ali crescem bastante durante a competição. O tempo inteiro a gente vê o que se esforçou, o que evoluiu no canto, o que pegou a melodia fácil, o que tem uma facilidade. O que queremos é chegar ao final e mostrar um grande show para o público. Muito do que os candidatos desejam é levar mais tempo no programa do que ser campeão. Ser campeão é ótimo, mas ficar mais tempo no programa é muito bom e importante porque a cada dia eles se mostram para milhões de pessoas.  (Foto: Isabella Pinheiro/TV Globo/Divulgação) Tem algum fato nessa edição que te impressionou, em especial? Sim. Já estou na sétima edição do TVB e vou entrar na quarta do The Voice Kids e todas as edições são sempre muito emocionantes. Nessa, em especial, nos chama atenção alguns cantores e cantoras extremamente populares, como é o caso de Edson Carlos (Ivete), Priscila Tossan (Lulu), Érica Natuza (Brown), Kevin Ndjana (Ivete), entre outros. Não estamos falando de preferências, mas nós, que estamos ali, precisamos estar ligados a tudo que chama atenção. Se eles irão chegar ao fim, nós não sabemos. Às vezes nos impressiona muito aquele cantor que chega nervoso no programa, é eliminado e depois, quando você vê ele cantando relaxado no dia a dia dele, vem a pergunta: porque ele não ficou? O emocional é um desafio do momento, nós ali estamos nervosos também. Se eu, Lulu, Ivete ou Teló formos cantar naquela hora, também vamos estar com a voz trêmula e isso é o que mais atrapalha na competição. Por isso, nesse momento ao vivo, temos que tomar muito cuidado porque o cantor pode estar nervoso, ser eliminado e ele é bom pra caramba e poderia até ganhar o programa se conseguisse trabalhar o nervosismo dele.   Nesta fase, os internautas ajudam técnicos a definirem seus times através de votação no site. Você geralmente leva a opinião do público para construir seu time? Óbvio que levo, porque se estamos trabalhando para o público, ele é o técnico mais importante. É o quinto técnico e está em vantagem porque tem a maior quantidade de ouvidos abertos, além do fato de que os artistas estão sendo trabalhados para ele. O programa todo tem dois grandes sentidos: um é o de deixar o artista o mais confortável possível, e o outro o de fortalecer o seu aprendizado, e tudo isso para dizer ao público: está aqui o melhor do nosso trabalho. Eu tenho uma característica de time que o Brasil já conhece, eu gosto de desafio, de dar oportunidade, de pegar aquela voz que não é a perfeita em tudo, mas tem uma emoção gigantesca e que, ao longo do programa, vai se aperfeiçoando, crescendo. Claro que uma voz como a de Érica Natuza já vem pronta e tanto vem pronta que o público sabe.  Michel Teló, Ivete Sangalo, Lulu Santos e Carlinhos Brown: técnicos da sétima temporada do The Voice (Foto: Raquel Cunha/TV Globo) Quais são seus critérios? Nós estamos falando de desafio mais uma vez. Como estamos diante de grandes vozes, o que precisamos é desafiar elas em estilo, porque um artista, enquanto ele não finca um repertório autoral, ele não pode escolher o que vai cantar, está à serviço do público, e muitas vezes o público precisa da música da moda, do sucesso. Todos os cantos são importantes, o cantar inglês traz um conforto, porque tem uma escola toda mais preparada. A escola brasileira é uma escola crescente que se adapta também a várias escolas de canto do mundo. Ela é desafiadora. Eu prezo muito por isso. Por ser The Voice Brasil, estamos muito abertos ao repertório do mundo, mas para todos os timbres estamos buscando sempre a música popular brasileira como uma forma de se desafiar. Está confiante? Muito. Desde a hora que entro ali. Eu nunca fico na ideia do “já ganhou”, porque eu preciso de um artista que, mesmo que não leve o troféu, ele leve a confiança de que ele é vitorioso. Quero lembrar que os artistas que passam por meu time têm se revelado como grandes artistas da música popular brasileira. Não foi Rafa Gomes que ganhou o The Voice Kids, mas ela tem uma aparição importante e a continuidade do seu trabalho me traz o orgulho de saber que ela foi do meu time. Não foi Lucy Alves que ganhou, mas ela é atriz, musicista, ela está no mundo inteiro promovendo o seu trabalho. Ganhei o primeiro The Voice com Ellen Oléria e olha aí quem é Ellen Oléria. Então é isso. Ganhar para todos nós significa a oportunidade de estar ali. Eu sempre digo, eu quero ganhar a oportunidade de estar no próximo ano, porque é um prazer enorme conhecer o desconhecido e saber que, por detrás daquelas vozes, existem grandes colegas e parceiros, como é o caso do meu parceiro Junior Meirelles, com quem fiz a música “O Que Seria”, hoje um tema de novela. E é isso o que o The Voice deve ser: mais que batalha, um duo; mais que competição, um show.  Ellen Oléria, uma das mais belas vozes da nova geração da MPB, fez parte do time Brown, na primeira edição do reality (Foto: Helen Salomão/Divulgação) Entenda as próximas fases do The Voice BrasilBatalha dos Técnicos  Após o término do Tira-Teima, nove candidatos de cada time seguem na disputa. A terça-feira (4) será marcada pelo início de uma nova fase: a batalha dos técnicos. Nessas batalhas especiais, os shows acontecem ao vivo e a disputa deixa de ser entre candidatos do mesmo time e passa a ser entre cantores de times adversários. Um sorteio é feito para descobrir qual técnico começa escolhendo seu opositor. A partir daí, Ivete, Brown, Lulu e Teló escolhem quem de seu time irá duelar com o time adversário. Nesta fase, a decisão fica totalmente nas mãos do público;Remix Nesta fase, os técnicos do reality têm uma nova chance de equilibrar seus times. Cada um escolhe uma voz para seguir direto para a próxima fase. Os demais candidatos se apresentam em números solos e Brown, Lulu, Ivete e Teló voltam a usar o famoso botão vermelho para escolher quem vai passar para a próxima fase. Os participantes que tiverem mais de um botão apertado podem decidir em que time desejam ficar. Os times encerram essa fase com 4 vozes cada um;Shows ao Vivo Esta fase acontece em 2 programas. No primeiro, as 4 vozes de cada time se apresentam em shows ao vivo e apenas 3 seguem na competição. No programa seguinte, eles voltam a se apresentar para definir os 2 talentos de cada time que seguem para a semifinal; Semifinal Nesta fase, dois candidatos de cada técnico se apresentam, mas apenas um de cada time segue para a grande final;Grande final Na final, caberá ao público decidir quem será o campeão da sétima edição do ‘The Voice Brasil’. O vencedor ganha um prêmio de R$ 500 mil e um contrato com a gravadora Universal Music.