Gastos com pessoal na Assembleia aumentaram 30% na gestão de Coronel

por Luan Santos (interino)

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  • Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Os gastos com pessoal da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba)  aumentaram 30% na gestão do presidente Angelo Coronel (PSD), que deixa o comando da Casa nesta semana para assumir uma cadeira no Senado. O  Legislativo baiano fechou 2018 com despesa de R$ 529,5 milhões com folha, equivalente a 1,66% da receita corrente líquida (RCL) do  estado. Em 2016, no último ano de Marcelo Nilo na presidência da Alba, o gasto foi de R$ 404,3 milhões. No primeiro ano de Coronel  (2017), a despesa com pessoal subiu para R$ 454,5 milhões, equivalente a  12% de crescimento. A elevação foi ainda maior na comparação entre 2018  e 2017: cerca de 16%.

Sinal amarelo O valor gasto em 2018 se aproxima do limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal, que  é de R$ 1,68%. No último quadrimestre do ano, Coronel precisou reduzir a despesa. No período  anterior, antes das eleições, os gastos já estavam em 1,77% da  receita, ultrapassando o limite de alerta e chegando perto do prudencial (1,78%).

Cara feia A exigência de nomes técnicos para as secretarias feita pelo governador Rui  Costa (PT) provocou a insatisfação de dirigentes partidários de esquerda. Integrantes de PSB, PT e PCdoB dizem que Rui deu prioridade a PP e PSD,  que não indicaram quadros especializados para as pastas, mas políticos. As  queixas, nos bastidores, começaram após o governador reclamar de alguns  indicados pelas legendas. “Rui mudou a regra no fim do jogo. Para PP e PSD, vale quadro político. Ele inventou critérios para os partidos de esquerda”, contou um deles, sob anonimato, à Satélite. 

Sob nova direção Por falar na reforma, o vice-governador João Leão (PP) ainda não assumiu oficialmente a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), mas já iniciou as articulações para comandar a pasta. Leão deu início às conversas para definir como vai tratar a gestão dos distritos industriais após a extinção da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), órgão responsável pelas unidades regionais. O pepista também iniciou o diálogo no partido para formar a equipe que levará para a pasta que, por enquanto, é comandada por Luiza Maia (PT).

Staff Com Leão na SDE, integrantes do setor produtivo demonstram preocupação com a equipe da secretaria. O temor é que o vice-governador repita a prática, adotada pelo PT desde quando a pasta foi comandada pelo ex-governador e senador eleito Jaques Wagner, de indicar políticos, sem conhecimento técnico, para o corpo da secretaria.

2020 chegou O vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal (Rede), decidiu antecipar a disputa  eleitoral de 2020 e iniciou uma série de ataques ao prefeito Mario Alexandre  (PSD). Após romper com a gestão, no ano passado, Nazal tem criticado  Marão publicamente e, em entrevista recente, descartou qualquer  possibilidade de reatar a aliança. O prefeito, por sua vez, tem evitado o fogo cruzado. "É uma tragédia que precisa ser contida. Estão jogando com vidas, com um ecossistema que levará décadas para se recompor, se é que será possível", Eures Ribeiro, presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), ao alertar sobre o risco de  impactos ambientais ao estado causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho. Há risco de os rejeitos atingirem o Rio São Francisco, por meio de afluentes como o Rio Paraopeba. Ele também pediu que as autoridades dediquem atenção à exploração de minérios na Bahia