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Iniciativa reúne convidados de diferentes estilos musicais em todas as terças, no Pelourinho
Vanessa Brunt
Publicado em 10 de abril de 2018 às 07:00
- Atualizado há um ano
No filme O Pagador de Promessas, baseado no texto de Dias Gomes, o protagonista luta contra preconceitos e estigmas sociais para realizar o que jurou. É seguindo a linha irreverente, que o cantor e compositor Gerônimo Santana retoma hoje o seu projeto, que leva o mesmo título do longa. “O objetivo principal é o mesmo do filme: resistência. É sobre misturarmos estilos musicais sem perder músicas essencialmente baianas no repertório. Precisamos lembrar que as coisas não precisam ser tão separadas assim e precisamos fortalecer a nossa cultural musical, que tem parecido estar mais forte lá fora do que aqui”, pondera o artista. Realizada há 15 anos, no Centro Histórico, a iniciativa de longa duração prossegue em todas as terças-feiras, a partir das 20h. No evento de reabertura, que fica por R$ 20 para inteira e R$ 10 para meia, o cantor sobe ao palco do Pelourinho, no Largo Tereza Batista, com sua Banda Mont Serrat. “Nesta temporada, estaremos no Tereza Batista, que é totalmente coberto, bom para nos proteger dessa cidade indecisa”, afirma Gerônimo, aos risos. Para o gostinho de início, está convidada a cantora Divina Valéria, que tem feito shows pela América Latina e leva releituras de hits internacionais para o palco. Confira vídeo sobre a cantora: A Banda Mambolada complementa a lista de participações e apresenta músicas autorais e releituras de vários hits. Entre os sucessos gravados pela Mambolada estão Larica Maria e Voarei, uma versão para o clássico da música italiana Volare. “Sempre temos os convidados já programados e outros que surgem no dia, no momento do show. Compadre Washington é um desses que aparecem por lá e acabam participando com o microfone nas mãos”, exclama o anfitrião, deixando suspense no ar. Apesar do novo espaço, algumas tradições não serão modificadas no evento. No repertório próprio, Gerônimo prossegue com composições autorais como Sou Negão, Jubiabá e É Doxum. Além disso, será mantida a proposta de levar ao palco uma diversidade de gêneros e artistas, dos mais renomados aos novos talentos. Segundo o Catálogo das Referências Culturais do Centro Histórico de Salvador, no projeto de Gerônimo, “ocorre um encontro musical diversificado. É considerado como o espetáculo mais pulsante que ocorre no Centro Histórico de Salvador”. Com um bom humor basicamente intocável, Gerônimo prometeu, ainda, muita conversa com o público, e finalizou desejando ‘merda para todos’ ao falar com o CORREIO: fazendo uma apologia à expressão utilizada para desejar sorte aos atores antes de subirem ao palco. “Também teremos um bate-papo entre as músicas. É um show bem intimista e que toma um rumo diferente a cada noite. Vamos conversar sobre arte e o que mais vier como pauta do público”, conta o compositor.