Globo Repórter conta histórias da Baía de Todos os Santos

O programa destaca aspectos históricos e atuais da maior baía do Brasil, que surgiu quando a África se separou da América do Sul, há 100 milhões de anos.

Publicado em 24 de março de 2017 às 06:01

- Atualizado há um ano

Globo Repórter desta sexta (24) desvenda mistérios da Baía de Todos os SantosO Globo Repórter desta sexta (24), que vai ao ar às 22h46, mergulha na história da Baía de Todos os Santos, o paraíso que conquistou os primeiros colonizadores há 500 anos. O programa destaca aspectos históricos e atuais da maior baía do Brasil, que surgiu quando a África se separou da América do Sul, há 100 milhões de anos.

A viagem é conduzida pelo repórter José Raimundo, que desembarca nas  ilhas para conhecer  suas curiosidades e  mistérios. A Baía de Todos os Santos é formada por 56 ilhas de águas mansas e mornas, que se espalham por 1.200 km², um pedaço de mar quase do tamanho da cidade de São Paulo.

O repórter presencia o espetáculo protagonizado pelas baleias jubarte; descobre que o peixe  mais consumido por baianos dessa região é a sardinha, acompanha o trabalho das marisqueiras e apresentas figuras como dona Cadu, 96 anos, ceramista cujos artigos são vendidos em feiras livres. Ou dona Eurides, 102 anos, que começou a sambar aos 10 anos e segue dançando.

O repórter José Raimundo mostra ainda seu lado destemido ao visitar a Ilha do Medo, a menor ilha da Baía e a única que não é habitada, cheia de histórias mal assombradas. Chegar lá já é complicado: são duas horas de barco, partindo de Salvador. O repórter tem como guia o professor de história Denilson Miguel, que conhece bem a região. E ele entrega: “Meu pai e meu avô já saíram correndo daqui porque ouviram vozes, gritos, gemidos. Pescador não vem aqui, não”, diz o professor.

Os dois vão a um velho casarão em ruínas, localizado bem no meio da ilha, que no século XIX servia de isolamento. “As pessoas que tinham doenças incuráveis nas ilhas eram trazidas para cá e aqui ficavam até morrer”, conta. “Talvez esses gritos e choros sejam as almas dessas pessoas, moribundos dos passados, que voltam para assombrar o lugar”, diz Denilson.