Goethe-Institut recebe grupo internacional para residência artística

Profissionais chegarão em Salvador ainda nesta semana e ficarão até setembro

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  • Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2019 às 16:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Marco Nedeff/Divulgação; Anneke Dunkhase/Divulgação; e acervo pessoal

O Goethe-Institut Salvador-Bahia promoverá, até setembro, mais uma temporada do seu Programa de Residência Artística Vila Sul. Até o fim desta semana, quatro profissionais desembarcarão na cidade para participar do projeto, que visa fortalecer interlocuções entre o Brasil e outros países do hemisfério Sul, com a presença de pessoas de todo o mundo.

Por dois meses, o artista visual Amaro Abreu (Brasil), o curador Fabian Saavedra-Lara (Chile/Alemanha), o escritor Max Annas (Alemanha) e a cineasta, artista visual e ensaísta Salma El Tarzi (Egito) vivenciarão a rotina de Salvador e trocarão conhecimentos, com o objetivo de aprofundar as pesquisas para seus trabalhos.

O grupo ficará hospedado em apartamentos construídos no último andar da sede da instituição, no Corredor da Vitória, para desenvolver as atividades.

A Vila Sul é a terceira residência artística no âmbito geral das 159 unidades do Goethe-Institut espalhadas pelo mundo, além de a única existente abaixo da Linha do Equador. Por aqui, o projeto foi inaugurado, oficialmente, há quase três anos, em novembro de 2016.

Leia mais sobre os artistas participantes da nova temporada:

Amaro Abreu (Brasil) Mora em Porto Alegre e cursa Artes Visuais na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Já pintou e participou de eventos em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina e, fora do Brasil, na Argentina, Paraguai, Uruguai, França, Alemanha, Egito, Líbano e Índia. Realizou as exposições individuais “Habitat” e “Vida Paralela”.

Integrou também as exposições coletivas “Faço Parte” (Brasil), “Conexion Arte Melo” (Uruguai) e “Somos todos” (México). Atuou nos curtas-metragens “CineMarighella” e “Graficleta”, produzidos pelos alunos da disciplina de Fotografia para Cinema e Vídeo da Ulbra. Realiza oficinas de graffiti para crianças pelo projeto “Mais Educação”. (Foto: Marco Nedeff/Divulgação) Participou do “Mutirão Luz no Cárcere”, evento em que foi pintado o pátio interno do presídio central, e foi curador no projeto “Canoas Multicultural”, muro pintado por vários artistas na cidade de Canoas. Em 2016, publicou pela Editora Libretos um livro com imagens e textos sobre a sua trajetória artística.

Fabian Saavedra-Lara (Chile/Alemanha) É curador no campo da arte da mídia e da cultura digital. Em 2010 e 2011, trabalhou no escritório do fundador do Dotmunder U – Centro de Arte e Criatividade. Como parte do festival de arte de mídia ISEA2010 RUHR e em nome da HartwareMedienKunstVerein (HMKV), trabalhou como gerente de projeto da exposição “E-Culture Fair”, em 2010.

Em 2012, foi curador assistente na HMKV. Em 2013, recebeu a exposição interdisciplinar de grupos “Requiem for a Bank” e cocurou o “New Industries Festival”, na HMKV. Em 2017, foi cocurador da exposição coletiva e festival “Afro-Tech” em HMKV. (Foto: Anneke Dunkhase/Divulgação) Desde 2013, lidera o escritório da medienwerk.nrw, uma rede de organizações que trabalham em vários campos da arte da mídia e da cultura digital na Renânia do Norte-Vestfália. Desde 2016, ele é codiretor do programa “Interkultur Ruhr” da Associação Regional do Ruhr.

Max Annas (Alemanha) É um escritor cujos romances se desenrolam na Alemanha e na África do Sul. Três dos seus livros ganharam o Prêmio Alemão de Romances Policiais. O seu quinto romance, publicado em julho de 2019, “Morduntersuchungskommission”, investiga o assassinato de um trabalhador moçambicano contratado na República Democrática Alemã em 1983. (Foto: Acervo pessoal) Salma El Tarzi (Egito) Estudou desenhos animados no Cinema High Institute, no Cairo. Desde que se formou, em 1999, trabalhou em comerciais de cinema e televisão e, em particular, nas áreas de direção, produção, dublagem e escrita.

Em 2004, dirigiu seu primeiro documentário de curta-metragem, “Do You Know Why?” (português: ‘Sabe por quê?’), que lida com modelos jovens em comerciais de televisão e venceu o Prêmio Prata do Festival de Cinema Árabe de Roterdã. Desde então, continua a trabalhar no mercado mainstream enquanto segue sua carreira como documentarista. (Foto: Acervo pessoal) Em 2013, dirigiu seu primeiro documentário em longa-metragem, “Underground / On The Surface”, que trata da subcultura da música Electro Shabbi, também conhecida como Mahrganat, e ganhou o prêmio de melhor diretora no Festival Internacional de Cinema de Dubai. No mesmo ano e depois de um bloqueio de 14 anos, começou novamente a pintar e desenhar.

Em 2018, foi coautora do romance não-ficção “Three women: Stories from the Egyptian Revolution” (em português: ‘Três Mulheres: Histórias da Revolução Egípcia’), sobre violência institucional e social de gênero durante os primeiros anos da Revolta Egípcia, publicado em abril de 2019.

Atualmente, está trabalhando em uma novela gráfica autobiográfica, bem como em uma pesquisa de arte sobre a representação do desejo e da normalização da cultura do estupro no cinema egípcio tradicional. O primeiro trabalho em andamento da pesquisa foi exibido no Goethe Festival de Artes Feministas Tashweesh.