Governo coloca Polícia Federal à disposição para investigar morte de vereadora

Caso é repercutido na imprensa internacional

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  • Da Redação

Publicado em 15 de março de 2018 às 06:57

- Atualizado há um ano

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A Presidência da República divulgou nota na noite de hoje (14) em manifestação ao assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro. Nela, o governo afirma que vai acompanhar a apuração do assassinato da vereadora. Acrescenta ainda que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, colocou a Polícia Federal para auxiliar na apuração do crime.

“O governo federal acompanhará toda a apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista que a acompanhava na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, falou com o interventor federal no estado, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar em toda investigação”, diz a íntegra nota.

Marielle foi morta a tiros dentro de um carro na região central do Rio de Janeiro. O motorista também foi assassinado. A assessora de Marielle, Fernanda Chaves, também estava no carro, mas não teria sofrido nenhum tiro, segundo o Corpo de Bombeiros.

Em nota, o PSOL exigiu apuração imediata dos fatos e exaltou o trabalho da vereadora na área dos direitos humanos.

Eleita com 46,5 mil votos, a quinta maior votação para vereadora nas eleições de 2016, Marielle Franco estava no primeiro mandato como parlamentar. Oriunda da favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle tinha 38 anos, era socióloga, com mestrado em Administração Pública e militava no tema de direitos humanos.

Assessora depõe por 5 horas

A assessora de imprensa, que acompanhava a vereadora Marielle Franco (PSOL) no momento do crime, prestou depoimento por quase cinco horas na sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), na Barra da Tijuca.  Muito abalada, ela não quis falar com a imprensa e saiu por uma porta lateral da unidade. A Polícia Civil ainda não divulgou o conteúdo do depoimento da assessora.

De acordo com informações do site O Globo, a principal linha de investigação é a de execução. Segundo agentes da especializada, os disparos foram feitos de trás para frente do veículo e entraram pela janela lateral traseira. Por estar na linha de tiro, o motorista Anderson Pedro Gomes também foi alvejado. 

Imprensa internacional repercute caso

Jornais estrangeiros repercutem o assassinato da vereadora. Nos EUA, New York Times, ABC, The Washinton Post e News Deeply publicaram o caso em suas respectivas páginas de notícias. Na Venezuela, a televisão estatal Televisión del Sur a morte da vereadora foi destaque no noticiário. 

Alguns sites destacaram o trabalho de Marielle pelas mulheres negras de favela. O jornal peruano El Comércio também relatou o crime contra a vereadora carioca. A publicação ainda diz que Marielle era uma dura crítica da intervenção federal na Segurança Público do Rio.