Governo decide encerrar o Mais Médicos

Ideia é substituir programa por plano de carreiras e dar vantagens a quem escolher locais remotos

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Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 09:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO

Quase dois meses após o governo cubano suspender a participação dos profissionais no Mais Médicos, o governo de Jair Bolsonaro decidiu encerrar o programa e informou que um novo projeto será implementado. Segundo informações colhidas pelo jornal El País, a ideia é substituir o programa por um plano de carreiras que irá tornar algumas regiões do Brasil mais atrativas aos profissionais.

De acordo com a secretária de gestão no trabalho e educação em saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, não serão mais abertos editais do Mais Médicos. Com isso, os profissionais que atuam no programa permanecerão até o final dos contratos, que têm duração de três anos.

Cerca de 8.500 vagas foram abertas após a saída dos cubanos e até o momento ainda restam 1.462 vagas não preenchidas."Todas as vagas do atual edital foram completadas por brasileiros inscritos. E esse deverá ser o último edital do programa, que será substituído pela carreira federal em áreas de difícil provimento e que está em elaboração", declarou Mayra.Com a ocupação total das vagas, que, segundo a pasta da Saúde, poderá ser preenchida com os cerca de 3.700 médicos brasileiros que são formados no exterior e se inscreverão no edital ainda nesta semana, os profissionais estrangeiros inscritos no programa, que deveriam escolher os municípios nos dias 18 e 19 deste mês, não devem mais participar do Mais Médicos.

Participação suspensa O governo de Cuba anunciou no dia 14 de novembro do ano passado a retirada do Programa Mais Médicos após a rejeição das modificações anunciadas pelo, até então, presidente eleito Jair Bolsonaro."O Ministério de Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do Programa Mais Médicos e assim comunicou à diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa", disse o comunicado.O Programa Mais Médicos foi criado em 2013 pelo Governo Dilma Rousseff com o objetivo de que os profissionais atuassem em áreas distantes e vulneráveis do País. Com informações do El País e AFP.