Grupo Neoenergia cria instituto para gerir projetos e ações sociais

A Bahia é um estado que o grupo têm olhado com uma atenção especial

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  • Perla Ribeiro

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 21:01

- Atualizado há um ano

. Crédito: Museu da cidade do Recife funciona dentro do forte

O grupo Neoenergia acaba de criar um instituto para gerir os seus projetos e ações sociais. Com um orçamento de R$ 2,5 milhões aprovado para 2019, resta agora a holding definir as ações que serão abraçadas nessa fase inicial. Mas, a diretora presidente do Instituto Neoenergia, Renata Chagas, adianta que a Bahia é um estado que eles têm olhado com uma atenção especial nesse momento em que estão construindo o planejamento estratégico para o ano que vem.

O lançamento do instituto ocorreu na segunda-feira (26) à noite, no Forte das Cinco Pontas, em Recife, Pernambuco. O equipamento, que é tombado como patrimônio nacional, inaugurou  um novo projeto de iluminação, avaliado em R$ 480 mil, que vai proporcionar uma economia de 30% no consumo de energia, além de dar mais visibilidade ao monumento. O evento contou com as participações da diretora-presidente do Instituto, Renata Chagas, do presidente do Comitê de Fundações Iberdrola, Ramon Castresana, do diretor presidente da Celpe, Antonio Sanches, e representantes da prefeitura de Recife e do governo de Pernambuco.

Essa não foi a primeira vez que a Neoenergia -  empresa que  controla a Coelba  e que tem como principal acionista o grupo espanhol Iberdrola - investiu num projeto de iluminação de um patrimônio histórico. Em 2016, a Cruz de Cabrália, em Coroa Vermelha, no Extremo Sul da Bahia, também teve o sistema de iluminação revitalizado pelo Instituto Ibedrola Brasil, entidade precursora do Instituto Neoenergia. O monumento, onde foi realizada a primeira missa no Brasil, em 26 de abril de 1500, homenageia a chegada dos portugueses ao país.“A Bahia é um estado muito importante, pelo tamanho, pela importância geográfica, pela quantidade de clientes. Temos um desafio de fazer projetos em seis estados, então temos que fazer um revezamento, mas há uma listagem de possíveis monumentos que a gente gostaria de iluminar e que a gente tem olhado, até para construir os orçamentos em cima disso”, disse a diretora-presidente, sem dar detalhes dos alvos na Bahia.Mas as ações do Instituto vão além do investimento na valorização do patrimônio histórico.  Os projetos vão abraçar também propostas no âmbito da preservação ambiental, da educação e do desenvolvimento social. Em  defesa da biodiversidade, por exemplo, há planos de investir em um programa de migração de aves. Outra bandeira a ser levantada é pela preservação de corais.

“Abrolhos tem uma importância muito grande com relação aos corais. Possivelmente, o projeto de preservação de corais de 2019 vai contemplar o estado da Bahia, Pernambuco e o Rio Grande do Norte”, informou Renata. Renata, Antonio Sanches (presidente da Celpe), Ramon da Iberdrola e Bethânia de Araújo, diretora do  Museu da cidade do Recife, que funciona dentro do forte Já na área da educação, o Instituto planeja investir em um projeto de capacitação de professores da rede pública. Embora ainda não tenha sido formatado, Renata explicou que o piloto será desenvolvido na Paraíba e a ideia é expandir depois para outros estados. “A proposta é criar uma plataforma de ideias, então o professor vai poder colocar a iniciativa  desenvolvida por ele e os outros professores dessa rede poderão replicar essa iniciativa nas suas escolas. Estamos engatinhando ainda e a Bahia vai ser sempre foco prioritário”, destacou.

Ainda segundo a diretora do Instituto, após a elaboração do planejamento estratégico, os projetos precisam ser  aprovados internamente pelo Conselho de Administração da Neoenergia. Além do orçamento de R$ 2,5 milhões, o Instituto também fará a gestão dos projetos de subcréditos sociais e  de incentivos fiscais. “Subcrédito social é quando a empresa pega empréstimos junto ao Bndes para fazer uma obra ou a construção de um novo empreendimento e um percentual desse valor é usado para aplicar em projetos sociais. O Bndes faz um acompanhamento rigoroso disso”, explicou.

Renata fez questão de ressaltar ainda que o papel do Instituto é fortalecer as políticas sociais dentro das concessionárias e distribuidoras da Neoenergia. Ela explica que cada empresa do grupo tinha seus projetos, mas que eram muito dispersos, sem uma linha que orientasse esses investimentos.

“A gente quer ser reconhecido como uma empresa que investe socialmente em iluminação de patrimônio histórico, preservação de aves, por exemplo,  projetos de inclusão de crianças com deficiência, então a gente está desenhando a nossa estrutura no Brasil para alinhar os projetos que vinham sendo feitos nos estados. Nossa ideia é potencializar esses investimentos por meio de uma padronização da nossa linha de atuação”, pontua, acrescentando que os objetivos dos projetos do Instituto Neoenergia  é realmente causar um impacto social e gerar uma transformação.

Já o representante do Comitê de Fundações Iberdrola destacou que as questões de âmbito social sempre foram consideradas importantes para o grupo. " Fomos uma das primeiras companhias no mundo que implantou em seu estatuto o compromisso com a questão social. Investir em projetos sociais é um compromisso para nós", defendeu.