Guia infalível para o Bahia vencer o líder Athletico-PR

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  • Paulo Leandro

Publicado em 23 de junho de 2021 às 05:07

- Atualizado há um ano

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Quem faz de muleta as certezas matemáticas, como tática para ler o futebol, pode cometer crasso erro metodológico, por ser inóspito aos algarismos, o insalubre ambiente das caixinhas de surpresa capazes de fazer deste esporte o mais humano e amado.  

É preciso verificar se há razões para temer o Athletico Paranaense, líder isolado do Campeonato Brasileiro, com um jogo a menos, vindo de quatro vitórias consecutivas, sete gols assinalados e um sofrido, saldo positivo, portanto, de seis.  

Pelo visto no triunfo sobre o Atlético Goianiense, por 2x1, a defesa athleticana está longe de considerar-se inexpugnável, iludindo a santa aritmética, quando os jornalistas calculam a média e encontram 0,25, como se fosse possível a bola entrar um pedaço a cada jogo.  

Erraram os rubro-negros em troca de passes, na saída de bola, e no posicionamento, convidando a infiltrações, mas não deverão ser muitas as oportunidades, daí a importância de aproveitá-las, amanhã, às 9 e meia da noite, com transmissão pela TV Bahia.  

O arqueiro Santos revela no nome, flexionado no plural, toda a proteção da qual faz jus, por seu posicionamento, além de não bater roupa mesmo em bolas queimando, no alto e no chão: tenham calma para tirar do alcance dele em vez de soltar a bomba de São João sem olhar.  

Recomenda a prudência evitar perder a posse na zona do agrião porque o Athletico manifesta o furacão, quem cai pelas pontas, principalmente a direita, assopra rápido os ventos do jogo e cruza na cabeça de alguém se mexendo na área.  

Nossos laterais não podem dar distância e jamais devem permitir a bola chegar ao atacante vindo de trás (de laele) porque esta jogada tem se repetido a ponto de permitir a previsão de acontecer outra vez, vale prevenir-se.  

O visitante tem um plantel, não só um bom time, portanto, a ausência de Matheus Babi, suspenso, implica Renato Kayser, bem como a recuperação de Nikão tem o suporte de David Terans, e há Jadson em condições de manter o vendaval.   

O entrosamento do meio para a frente, materializado em tabelinhas e triangulações, vai exigir vigilância, um homem na sobra, saindo-se vitorioso o melhor gestor de seus pulmões nos 90 minutos e acréscimos.  

Não pode servir de desculpa aos bahias, a ausência deste ou daquele, nem o suposto cansaço da sequência de jogos e viagens, pois a pandemia é dada a todos, e o adversário acumula o Paranaense, a Copa do Brasil e a Sula, com inevitáveis desgastes físico e mental.  

“E por falar em saudade, onde anda você”... dá tempo de escrever uma bela memória da vitória de 2x0, pela Copa União de 88, quando Bobô, Zé Carlos, Ronaldo, Edinho Jacaré, Charles, João Marcelo e uma galera da Boa Terra bordaram a segunda estrela.  

Trata-se de um jogo carregado de forte simbolismo, pois derrotar o líder significa chegar aos 11 pontos, caso o Bahia seja fiel à representação de seus feitos, migrando as narrativas invariavelmente otimistas e superprotetoras para a empiria do quadrilátero verde.  

Derrubar mais um chato rubro-negro está ao alcance do Bi, mas se e somente se evitar contra-golpes em bolas roubadas na intermediária, além de passar o giz no taco e mirar na caçapa quando aparecer a bola 7 do jogo. Ela virá, basta caprichar!