Haddad fala em unir democratas e debater 'olho no olho' no 2º turno

Candidato disse que fez contato com Marina, Ciro e Boulos

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  • Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 22:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No primeiro pronunciamento após a confirmação da disputa de segundo turno na corrida presidencial, o candidato Fernando Haddad (PT) afirmou haver "muita coisa em jogo" no pleito deste ano e sinalizou a busca de apoio nas próximas três semanas de campanha. Até a última atualização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o petista tinha 29,13% dos votos válidos contra 46,13% de Jair Bolsonaro (PSL), com 99,57% das urnas apuradas. O segundo turno será realizado no dia 28 de outubro.

"Esta eleição coloca muita coisa em jogo. O próprio pacto da Constituinte de 1988 está em jogo em função das ameaças que sofre quase diariamente", afirmou. A declaração foi dada em um hotel no bairro do Paraíso, em São Paulo, na presença de dezenas de apoiadores, correligionários e aliados, incluindo a candidata a vice-presidente na chapa, Manuela d'Ávila (PCdoB), e integrantes do PROS, o outro partido que compõe a coligação.

O petista afirmou já ter conversado por telefone com Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede). "Tenho muita consideração por todos e a ideia é manter o diálogo aberto", disse Haddad.

Segundo a assessoria do candidato, Haddad trocou telefonemas de cumprimentos com os três adversários, mas ainda não foi definida uma agenda de conversas para viabilizar o apoio deles no segundo turno.

A assessoria de Haddad informou ainda que o governador reeleito da Bahia, Rui Costa (PT), está articulando uma reunião com governadores do PT e aliados para a próxima terça-feira (9), em São Paulo, com objetivo de discutir o apoio nos estados na sequência da campanha eleitoral. O presidenciável também deve visitar segunda-feira (8) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, e em seguida deve conceder uma entrevista coletiva à imprensa.

Discutir o Brasil Em seu discurso, Fernando Haddad afirmou ainda que pretende "unir os democratas do Brasil" em torno de um projeto que tenha como prioridade o combate às desigualdades sociais do país e a defesa da soberania nacional e popular. Ele falou também que o segundo turno abre oportunidade para discutir "frente à frente e olho no olho".

"Vamos para o campo democrático com uma única arma: o argumento. Nós vamos com a força do argumento para defender o Brasil e seu povo, sobretudo o povo mais sofrido do país", afirmou. Ao fazer referência ao resultado das urnas, que apontou vantagem de 17 pontos percentuais para Bolsonaro, o petista declarou que os números são "expressivos e apontam para os riscos que a democracia corre no país".