Assine

Haddad finaliza campanha na periferia de São Paulo


 

Candidato petista busca últimos votos na maior favela da capital paulista

  • Da Redação

Publicado em 27/10/2018 às 23:19:00
Atualizado em 19/04/2023 às 02:05:07
. Crédito: Nelson Almeida / AFP

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, escolheu a maior favela de São Paulo para fechar a campanha neste sábado (27). É simbólico: após sofrer críticas por se distanciar da periferia, o partido acredita que é fundamental recuperar os votos dos eleitores historicamente ligados à legenda para conseguir virar a disputa com Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto.

Em Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista, Haddad participou pela manhã de uma caminhada pela paz - a militância usou camisas e bandeiras brancas, no lugar do tradicional vermelho.

“Temos que nos conectar com a periferia, temos que nos conectar com as outras pessoas que estão sofrendo. Precisamos abraçar cada brasileiro. Vamos procurar o diferente, com humildade, e aprender com quem me deu apoio e também com quem não me deu, mas quer o bem do país. Vamos tijolo a tijolo reconstruir esse país”, afirmou o presidenciável, que na última semana anunciou que, se eleito, aumentará em 20% o valor do Bolsa Família e vai tabelar o preço do botijão de gás em R$ 49.

O candidato manteve o discurso de confiança na virada, adotado nos últimos dias, após institutos de pesquisa apontarem seu crescimento. “Agradeço você que está na rua, lutando por um país livre e democrático. Sei do esforço que vocês estão fazendo, mas valerá a pena. Vote com um livro na mão. Urna é lugar de depositar esperança”, escreveu em sua conta no Twitter. “Acho que tem uma energia que eu pessoalmente nunca vi em uma eleição. Tem uma energia de última hora e uma apreensão, parece que parte da população acordou para os riscos que Bolsonaro representa e está alertando seus pares”.

Na favela de Heliópolis, Fernando Haddad voltou a se posicionar contra o armamento da população, ideia defendida pelo seu oponente. A reformulação do Estatuto do Desarmamento consta no plano de governo do candidato do PSL.

O professor falou sobre seu plano para reduzir a violência, caso seja eleito. “A nossa proposta é que a Polícia Federal assuma as responsabilidades de combater o crime organizado para que as polícias estaduais possam ajudar a comunidade a enfrentar o dia a dia da segurança pública. Para isso nós queremos duplicar o contingente da PF e assumir as responsabilidades nacionais”.