Hamas critica visita de Bolsonaro a Jerusalém e pede reação de países árabes

Grupo afirma que ato ameaça 'os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos'

  • D
  • Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2019 às 15:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Menahem Kahana/AFP

Jair Bolsonaro no Muro das Lamentações, em Jerusalém (Foto: Menahem Kahana/AFP) O Hamas, movimento palestino que controla a Faixa de Gaza, condenou nesta segunda-feira, 1º, a visita do presidente Jair Bolsonaro a Israel. Em nota, o grupo afirmou que a visita não apenas contradiz a histórica atitude do povo brasileiro de apoio à causa palestina, mas também viola leis internacionais. 

"Em particular, o Hamas denuncia a visita do presidente brasileiro à Cidade Sagrada de Jerusalém acompanhada do primeiro-ministro de Israel", diz o texto. "O Hamas também condena os planos de abertura de um escritório de negócios do Brasil em Jerusalém."

Na nota, o grupo palestino, apontado como uma entidade terrorista por Estados Unidos e Israel, pede que o Brasil reverta sua política para a região e pede que a Liga Árabe pressione o governo brasileiro para por fim ao apoio à ocupação israelense dos territórios palestinos. 

"Essa política não ajuda a estabilidade e a segurança da região e ameaça os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos", conclui o texto. 

Mais cedo, Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações ao lado do premiê Binyamin Netanyahu. O muro, que é o lugar de culto mais importante para os judeus, Bolsonaro e Netanyahu fizeram uma oração e acenaram para a imprensa. 

Instantes antes, o presidente brasileiro esteve na basílica do Santo Sepulcro, o templo mais sagrado para o cristianismo. Os dois locais ficam na Cidade Velha de Jerusalém, em uma área cujo controle é disputado por israelenses e palestinos.