Hamilton faz tributo e diz que Pantera Negra o inspirou a dirigir 'à perfeição'

Inglês fez a volta mais rápida da história do circuito e vai ser pole na Bélgica

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  • Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2020 às 12:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Clive Mason/Fórmula 1

A pole position do Grande Prêmio da Bélgica é de Lewis Hamilton. O inglês marcou o tempo de 1’41”451, no último treino de classificação na pista de 7km da pista de Spa-Francochamps, neste sábado (29).

Em segundo lugar vem o finlandês Valterri Bottas e fechando o primeiro pelotão: Daniel Riciardo, Max Verstappen, Alexander Albon e Esteban Ocon

A sétima corrida do circuito da Fórmula 1 em 2020 será, neste domingo (30), às 10h10, hora de Brasília. O líder da temporada, Lewis Hamilton, que busca o sétimo título, anotou hoje mais um recorde, ao fazer a volta mais rápida da história do circuito belga. Das 88 vitórias da carreira do hexacampeão, apenas duas delas foram na Bélgica.

A dupla da Mercedes (Hamilton e Bottas) segue dominando, mas os carros da Renault também foram destaque nesta última classificatória. O australiano Riciardo ficou com o terceiro lugar no grid de largada, enquanto o francês Ocon anotou o sexto tempo.

Assim que terminou a sessão de classificação do GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps, um abatido e triste Lewis Hamilton fez questão de subir no carro da Mercedes e dedicar a pole position ao ator Chadwick Boseman, o "Pantera Negra", que morreu ao perder a luta para o câncer, aos 43 anos. "É uma pole muito importante para mim, porque acordei com a triste notícia da morte de Chadwick", afirmou o piloto inglês, após prestar o tributo ao ator. Ele admitiu ter disputado a sessão completamente abalado. "Tem sido um ano tão pesado, eu acho, para todos nós, e isso realmente me abalou", admitiu o líder do Mundial de Pilotos. "Então não foi nada fácil manter o foco hoje com isso (a notícia da morte) pendurado no meu coração", completou o hexacampeão. Para Hamilton, buscar sua 93ª pole da carreira era questão de honra. Uma maneira de prestar homenagem ao que significava Chadwick. "Eu estava tipo: quero ir lá e dirigir até a perfeição por causa do que ele fez por nosso povo e o que ele fez pelos super-heróis, mostrando às crianças que é possível. Ele era uma luz brilhante", destacou. São raros os super-heróis negros na história do cinema e reconhecidos no mundo, assim como são poucos os pilotos negros. Único negro entre os 20 competidores da Fórmula 1, Hamilton via Chadwick como um exemplo a ser seguido, sobretudo para os mais jovens. Ainda mais com a história de vida do ator, que não deixou de lutar e gravar nos últimos quatro anos mesmo com o diagnóstico do câncer de cólon. Sobre a corrida, o hexacampeão mundial não vê a Mercedes sobrando sobre a concorrência. "Não somos os mais fortes, eu diria, no primeiro e no último setor", explicou. Mas ele reconhece a força da escuderia alemã. "No meio somos muito, muito fortes". O maior desafio de Hamilton em Spa-Francorchamps, além da concorrência do companheiro Valtteri Bottas, que largará em segundo, será a curva 1. "A Curva 1 provavelmente tem sido uma fraqueza para mim nos últimos anos, porém estou ficando cada vez mais forte (para encará-la)", assegurou.