Harris afirma que ataque à Ucrânia terá consequências para a Rússia

Vice-presidente dos EUA participou da Conferência de Segurança em Munique, neste sábado (19)

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  • Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2022 às 12:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: AFP

Durante a Conferência de Segurança que acontece em Munique, na Alemanha, neste sábado (19), a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se pronunciou sobre a crise da Ucrânia. Suas palavras fizeram eco com as afirmações feitas pelo presidente Joe Biden e reafirmaram a posição dos Estados Unidos contra a Guerra."Desde o fim da Guerra Fria, nunca nos reunimos sob circunstâncias tão difíceis. Hoje, como estamos bastantes cientes, a Fundação da Segurança Europeia está sob ameaça direta na Ucrânia", disse.Ainda relembrando os conflitos do passado, Harris afirmou que logo depois das duas Grandes Guerras, um consenso emergiu na Europa e nos Estados Unidos em favor da ordem, ao invés do caos e que preza pela segurança, não conflito. "Por isso, através de laços, relacionamentos, organizações, instituições, leis e tratados, nós juntos estabelecemos um conjunto de normas que foram mantidas desde então", afirmou.

Dentre as regras, ela relembrou que as nações têm direito de escolher suas próprias alianças, mas que as fronteiras nacionais não podem ser mudadas através da força. "Estamos aqui unidos para reafirmar nosso compromisso com esses princípios que nos trouxeram paz e segurança". De acordo com ela, a espinha dorsal disso é a Otan, "a maior aliança militar que o mundo jamais viu".

A Rússia, segundo Kamala Harris, vai dizer que está inocente e pode criar vários pretextos para a invasão. "Nós vemos a Rússia espalhando mentiras, desinformação e propaganda. Mas apesar disso, num esforço deliberado e coordenado, nós juntos vamos expor a verdade, falaremos em uma voz junta", afirmou.

Os Estados Unidos, conforme Harris reafirmou, continuam abertos a diplomacia séria e que fizeram tudo de boa fé até agora. Porém a Rússia, apesar de dizer que está pronta para conversações, reduz os caminhos para a diplomacia. "Suas ações não estão combinando com as palavras", declarou.

"Posso dizer com absoluta certeza: se a Rússia invadir a Ucrânia, os Estados Unidos, com nossos aliados e parceiros, vão impor sanções econômicas sem precedentes contra o país". Harris também afirmou que, além dos 6 mil soldados foram para Romênia, Polônia e Alemanha,  outros 8.500 estão prontos para agir quando acionados.

"Como [o presidente Joe] Biden disse, nossas forças não serão deslocadas para lutar dentro da Ucrânia, mas irão defender cada centímetro do território da Otan".

Harris ainda lamentou pelo povo da Ucrânia, que teve mais de 14 mil mortes e mais de um milhão de deslocamentos desde que começou a guerra, quase oito anos atrás. "Já ajudamos e vamos continuar a apoiar o povo da Ucrânia. É importante para todos nós como líderes, o custo humano desse tipo de agressão", contou.

Ao final, a vice-presidente americana pediu para os líderes lembrarem de quão raro é, na história, ter um período prolongado de paz e estabilidade. "Manter os nossos princípios é o trabalho vital de cada geração."