Histórias do Bem: a vitória da coragem

Aos 44 anos, Paola Braga superou um câncer de mama, deixou velhos hábitos e passou levar uma vida com mais qualidade

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  • Do Estúdio

Publicado em 1 de outubro de 2018 às 00:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: divulgação

Optar por mais qualidade de vida nem sempre é o caminho mais fácil. Colocar o auto-cuidado em primeiro lugar, se preocupar com a vida que se está levando, aproveitar melhor amigos e familiares e encarar o trabalho como diversão são importantes atitudes para viver de forma mais feliz e intensa.    “Qualidade de vida: Isso é o que me move”, resume Paola Braga, que, aos 44 anos, optou por uma vida bem nestes moldes. Hoje Secretária de Cultura de Fortaleza, tem como um dos maiores hobbies viajar sozinha, de preferência para um destino que não tenha sinal de telefone, e aproveitar cada segundo com intensidade. Mas nem sempre foi assim.   Paola fumou por 24 anos e era uma pessoa que priorizava o trabalho, não fazia atividade física, se alimentava mal e não cuidava do próprio bem-estar físico e mental. A mudança radical de hábito veio após o diagnóstico de câncer de mama. Por ter que passar por um processo muito doloroso durante o tratamento, além de conviver com a lembrança de já ter perdido a mãe e a irmã com a mesma doença, decidiu que iria enfrentar o câncer, sobreviver e aproveitar mais a vida. “Foi um processo de me amar mais, de querer o meu bem, de pertencimento. Eu estava deixando tudo me levar. Era como se eu fosse um robô, que fazia tudo pensando mais nos outos, no que eu tinha que fazer. Depois do câncer, eu estou em primeiro lugar. Resolvi viver mais, ser mais feliz e estar mais perto da minha família” Paola BragaA mudança de vida trouxe mais segurança à Paola. “Hoje me sinto muito melhor, muito mais bonita. A minha pele está melhor, meu cabelo está com mais brilho. Melhorou, efetivamente, a minha disposição para viver. Quando a gente se sente bonita e atraente, a gente acaba passando isso para as pessoas”, relata Paola.

Autoconhecimento Redescobrir a própria feminilidade logo após um trauma exige muito autoconhecimento e pode ser muito mais positivo do que se pode imaginar, segundo Amanda Valentine Braga, psicóloga do Hapvida. “O processo já denota um movimento ativo de elaboração. Pensar sobre quem se é, falar de si, ressignificar. O adoecimento também interfere nessa construção, o que tem aspectos dolorosos, mas também possibilita questionamentos e desconstruções a partir das mudanças vivenciadas”, ressalta a psicóloga, praticante da psicanálise.     Na descoberta de uma doença como o câncer de mama, quando a mulher muitas vezes perde os cabelos, os cílios e parte da mama, o acompanhamento psicológico é fundamental, desde o primeiro contato com o oncologista. “O acolhimento e a escuta aos sofrimentos visam auxiliar o sujeito através do espaço de fala, contornar simbolicamente esse mal-estar, poder dar um novo significado a estas vivências, direcionando para a vida e as possibilidades que existem”, explica. A mudança de vida trouxe mais segurança à Paola: “Hoje me sinto muito melhor, muito mais bonita Para a psicóloga do Hapvida, esse poder de identificar o que é possível se fazer apesar do sofrimento é essencial. “A vida é constituída a partir do investimento emocional, afetivo que fazemos em nós mesmas/mesmos e nos outros.  Portanto, continuar investindo na vida, nos vínculos que são mais próximos, se aproximar de grupos e/ou movimentos que discutam sobre saúde, buscar atividades que envolvam bem-estar, enfim serão soluções singulares que cada pessoa pode lançar mão neste momento para conseguir lidar com as adversidades”. 

Auto-exame

QUANDO FAZER Uma vez por mês, todos os meses, 3 a 5 dias após o primeiro dia de mestruação ou em uma data fixa;

COMO FAZERPosicione-se em frente ao espelho Observe tamanho, posição e forma do mamilo com as mãos soltas, depois com as mãos nos quadris e, em seguida, atrás da nuca.  Pressione levemente o mamilo e veja se há saída de secreção Faça palpação do mamilo colocando o braço esquerdo atrás da cabeça, junte os dedos e mantenha-os esticados, fazendo movimentos circulares com a mão direita na mama esquerda. Inverta o movimento   Está passando por um grande trauma? Confira dicas de como se manter mais positivoTer suporte psicológico para discutir estratégias de enfrentamento individuais;  Expressar sentimentos e emoções. Não falar sobre o que sente também faz sofrer; Aproximar-se de atividades que promovam bem-estar, como arte, escrita e música; Estar atenta/atento ao autocuidado  

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