Homem é encontrado morto e com sinais de tortura em Simões Filho

Marcos Santos foi atingido por tiros em várias partes do corpo; família desconfia de emboscada 

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  • Carol Aquino

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 19:21

- Atualizado há um ano

O aposentado Marcos César Martins Santos, 60, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (9) no sítio em que morava, no Bairro Guerreiro, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. O corpo estava amarrado, com uma das pernas quebrada e tiros por várias partes do corpo. A família cogita que ele tenha sido executado em uma emboscada. 

Segundo a sobrinha de Marcos, Ramana Vasconcelos, 28, a família deu pela falta do aposentado na noite da última quinta-feira (8). “Ele ficou de buscar a esposa e nunca apareceu. Ela ligou, ligou e ele nunca atendia”, contou. No dia seguinte, ela entrou em contato com o pedreiro que trabalhava para ele e o mesmo disse que não tinha ido trabalhar porque estava doente. Um mototaxista que prestava serviços para a família foi acionado e encontrou o corpo. 

Ramana conta que tentaram simular um roubo, pois a casa estava revirada. “Não levaram o relógio dele nem o carro, somente uma televisão que estava lá”, falou a mulher. Ela revela que o tio tinha muitas desavenças na região, mas que nunca revelou ter sido ameaçado. “Ele tinha uma personalidade forte, era do tipo que não levava desaforo para a casa. Muita gente não gostava dele”, relembra. 

No carro de Marcos César Martins Santos ainda estavam as compras que ele trouxe da mercearia. Ele foi visto pela última vez às 18h da quinta-feira (8), fazendo compras. Pelo que viu na cena do crime, a família acredita que ele tenha sido vítima de uma emboscada, que os assassinos o estavam aguardando dentro do sítio.  

Perícia Apesar de a família ter acionado a polícia por volta das 9h30 da manhã, a perícia só apareceu no sítio por volta das 17h. Parentes prestaram depoimento no início da noite desta sexta-feira (09). O sítio em que ele morava tinha câmeras de segurança e as imagens devem ser compartilhadas com a polícia. 

O caso é investigado pela 22ª Delegacia de Polícia (Simões Filho).  O titular da unidade, Ciro Palmeira, disse que aguardava o retorno dos peritos para poder passar mais informações sobre o caso.