Homem é procurado pela polícia por estuprar e cortar cabelos de sete vítimas em Feira

Há registros de estupros cometido desde 2016; nesse ano, dois casos foram denunciados

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  • Bruno Wendel

Publicado em 11 de abril de 2018 às 14:31

- Atualizado há um ano

Um pano é usado para cobrir parte do rosto – à mostra, somente os olhos. Com um revólver, ele rende suas vítimas, mulheres, que são estupradas e têm os cabelos cortados – em algumas situações a violência sexual é praticada na frente de seus maridos ou namorados. Até agora, sete mulheres foram atacadas na cidade de Feira de Santana pelo criminoso.  

A Polícia Civil da cidade procura o bandido. “Já temos um suspeito, mas não podemos dar mais detalhes. Acredito que será uma questão de tempo”, declarou a delegada Maria Clécia Vasconcelos, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Feira de Santana. 

Segundo a polícia, há registros de estupros cometido pelo homem desde 2016 - quando dois casos foram denunciados. Todas as vítimas tinham cabelos longos, posteriormente cortados pelo suspeito. Uma das mulheres, além de ter sido estuprada, foi espancada.  “Ela usa um mega hair e por isso foi agredida com socos e pontapés. Ele se sentiu enganado. Não há dúvidas de que o objetivo dele era o cabelo”, disse a delegada. Em relação às violências sexuais, a delegada preferiu não informar mais detalhes de como ele age.

Com base nas descrições das vítimas, segundo a polícia, o suspeito é negro, tem 1,70 de altura. “Dos sete casos, cinco mulheres estavam ao lado de seus maridos ou namorados quando foram surpreendidos pelo criminoso”, disse a delegada. Os maridos ou namorados foram amarrados e obrigados a assistir os estupros. 

Os casos registrados na Deam aconteceram em três bairros que se interligam – por conta da investigação, a delegada preferiu não revelar os locais, porém disse que os estupros ocorreram em um local ermo e que as vítimas ou os casais foram abordados na maioria das vezes quando tiveram que reduzir a velocidade do carro ou da moto para passar numa determinada via. “Ele aproveitou o momento de vulnerabilidade e rendia todos”, contou a delegada.  

Ainda de acordo com a delegada, o bandido deixava de lado os pertences dos homens. “Ele só roubava as mulheres. Dos homens não queria nada. Saía sem levar moto, carteira, relógio, dinheiro”, contou Maria Clécia Vasconcelos. 

A polícia reforça que todas as vítimas de estupro precisam denunciar o caso e pede que, quem tenha sido abusada por um suspeito com as características semelhantes às do homem procurado, busquem a Deam, para ajudar nas investigações. De janeiro até 9 de abril, a unidade registrou 10 estupros – a maioria no ambiente doméstico.