Hora de incomodar: Bahia encara o Botafogo, no Engenhão

Tricolor faz a sua pior campanha fora de casa na era dos pontos corridos

Classificar o Bahia como um time caseiro não é nenhum exagero. Afinal, 79% dos pontos conquistados pelo clube na Série A  foram como mandante. Longe de Salvador, apenas um triunfo, quatro empates e nove derrotas. Números que ilustram a pior campanha tricolor nos pontos corridos.

Neste sábado (20), contra o Botafogo, às 16h, no Engenhão, a equipe de Enderson Moreira faz o primeiro de dois jogos consecutivos fora de casa no Brasileirão. Depois vai encarar o Corinthians, dia 27, às 19h, no Itaquerão. Há necessidade de trazer pontos na mala para que não volte a se aproximar da zona de rebaixamento.

Atualmente o Bahia é 13º colocado com 34 pontos, três a mais que o Ceará, 17º, que abre o Z4. O time cearense, no entanto, tem uma partida a menos. O Vitória, em 16º, soma 32 pontos.

Considerando as outras cinco edições que disputou, o ano em que o tricolor fez menos pontos como visitante foi 2014, com somente 15. O time acabou rebaixado na ocasião.

Naquela mesma temporada, após 14 partidas fora de casa - número de jogos do Bahia como visitante até então - já havia somado 12 pontos, fruto de dois triunfos, seis empates e seis derrotas. Cinco pontos a mais que agora.

A melhor campanha foi em 2012. Foram 23 pontos distribuídos em seis triunfos e cinco empates. Houve ainda oito derrotas. Após 14 partidas, o time então comandado por Jorginho havia conquistado 16 pontos longe de Salvador.

Restam ao Bahia cinco jogos como visitante na atual edição. Além do Botafogo e do Corinthians, os outros adversários são Vitória, Atlético-MG e América-MG. Mesmo que vença todos, não há mais possibilidade de superar o desempenho de cinco anos atrás, pois chegará no máximo a 22 pontos fora.

Para evitar que a campanha de 2018 seja pior que a de 2014, o Bahia precisa de pelo menos mais nove pontos. Ou seja, vencer três das cinco partidas restantes ou ganhar duas e empatar três.    Tira-teima 

O volante Flávio protagonizou a última ação do Bahia diante do Botafogo nesta temporada. Foi dele o gol da cobrança de pênalti que, no dia 3 de outubro, sacramentou a classificação tricolor para as quartas de final da Copa Sul-Americana. A partida disputada no Engenhão foi a única do volante contra a equipe carioca, embora os clubes tenham se enfrentado três vezes no ano.

“O Botafogo é uma equipe muito rápida, com atacantes de ponta muito rápidos. Tem Kieza, que é um grande jogador, então a gente tem que estar bastante atento nesse quesito do ataque deles. É uma equipe muito rápida, incisiva e sempre procura trabalhar pra frente”, alerta Flávio, titular na rodada passada, na vitória por 2x0 sobre o Paraná, em Pituaçu.

Sem a presença de Flávio em campo, o Bahia enfrentou o Botafogo outras duas vezes na temporada. O tricolor venceu o jogo de ida da Sul-Americana por 2x1 e empatou o duelo do primeiro turno da Série A por 3x3, ambos na Fonte Nova.

Para não vacilar no quarto encontro, o técnico Enderson Moreira reuniu os jogadores antes do treino da manhã de ontem para sinalizar os pontos fortes e fracos do adversário alvinegro. “A gente sabe das qualidades do Botafogo e dos defeitos também, então tem que estudar ao máximo para não ser surpreendido no sábado. Sempre que dá, o professor procura passar vídeos e passar as qualidades e os defeitos do nosso adversário”, contou Flávio. 

Provéis escalações:

Botafogo: Saulo, Marcinho, Marcelo, Igor Rabello e Gilson; Jean; Luiz Fernando, Rodrigo Lindoso, Gustavo Bochecha e Rodrigo Pimpão (Erick); Kieza. Técnico: Zé Ricardo 

Bahia: Douglas, Nino, Jackson, Lucas Fonseca e Léo; Gregore e Flávio (Nilton); Élber, Ramires e Zé Rafael; Gilberto. Técnico: Enderson Moreira