Hóspedes criticam serviços do Pestana; clima é de tensão entre funcionários

Foram 150 demissões só no ano passado, segundo o Sindicato dos Empregados em Hotéis, Bares e Similares (Sindhotéis)

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  • Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 06:29

- Atualizado há um ano

Luciano e Ticiana Oliveira ficaram cinco dias no hotel e seis no apart hotel do Pestana. Naturais de Ilhéus, os baianos já são clientes da casa há anos e dizem que os serviços e a infraestrutura caíram ultimamente. “No ano passado, ficamos aqui  e sentimos a diferença”, afirmou ela. (Foto: Divulgação)Pela primeira vez na capital baiana, o engenheiro civil tocantinense Manuel Pedreira conta que gostou das instalações do seu quarto, mas achou os banheiros ruins. “O hotel é bom, mas o atendimento é sofrível e o banheiro não é bem cuidado”, diz. As condições do hotel são criticadas também por turistas estrangeiros. “Me decepcionei com o atendimento, por ser um hotel cinco estrelas e a infraestrutura não está tão legal”, reclama Baris Eroksuz.

Segundo ele, os funcionários dizem a todo momento que o local será reformado, “como se isso justificasse os erros”, conta. Um funcionário, que não quis se identificar, disse que, em uma reunião, a administração do local só passou para os funcionários que o empreendimento fecharia para reformas. Uma outra funcionária, que também optou pelo anonimato, disse que nada foi dito para ela e para seus colegas de setor. Ela soube que já houve demissões, mas não sabe precisar quantas.

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Foram 150 demissões só no ano passado, segundo o Sindicato dos Empregados em Hotéis, Bares e Similares (Sindhotéis). O sindicato acredita que haverá novas demissões, com o fechamento da unidade. “Segundo eles (a direção), os funcionários que permaneceram no hotel vão continuar lá, mas nós não acreditamos que isso realmente aconteça”, afirma o presidente, José Ramos. 

Ele ressalta que o clima entre os cerca de 100 funcionários restantes é de tensão. “Por traz deles existem quase 500 pessoas envolvidas. Pode ser que os funcionários de escritório, de manutenção e até segurança fiquem. Mas outros, como os que prestam serviços, podem ser demitidos. Estamos na esperança que, com o dólar em alta, estes trabalhadores sejam conduzidos para outros hotéis da capital, mas essa situação nos preocupa muito”, lamenta.