Hospital Municipal: do sonho à realidade

Luiz Galvão é secretário municipal de Saúde de Salvador

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  • Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Os soteropolitanos puderam comemorar, anteontem, 4 de abril,  o primeiro ano de funcionamento do Hospital Municipal de Salvador (HMS), um equipamento divisor de águas na rede de atenção à vida da população baiana, reparando uma lacuna histórica na saúde pública da cidade.

Muitos acreditavam que tratava-se apenas de uma promessa de campanha, até mesmo pelo alto custo de investimento para construção e estruturação (R$ 120 milhões), bem como seu custeio mensal (R$ 8 milhões). Mas está aí, um belíssimo equipamento que é realidade na assistência à saúde não apenas da capital baiana, como referência para muitas cidades da Bahia e até mesmo de outros estados.

Hoje, em pleno funcionamento, o Hospital Municipal de Salvador já realizou mais de 123 mil atendimentos, sendo 12 mil deles de pacientes oriundos do interior do estado. Esses dados mostram o quanto o equipamento se tornou uma importante referência para os usuários do SUS. O resultado é cerca de 65 mil atendimentos somente no setor de urgência, aproximadamente 80 mil exames de imagem, mais de 315 mil análises laboratoriais e pouco mais de 3 mil procedimentos cirúrgicos foram efetuados no período.

O Hospital Municipal, com sua prestação de serviço qualificada e humanizada, contribuiu para redução do tempo de espera por leitos na rede pública de saúde. Mais de 1.800 solicitações feitas para a unidade foram de pacientes transferidos pela Central Estadual de Regulação.

Apesar de estar instalado no bairro de Cajazeiras, cobrindo um vazio assistencial histórico na região, o equipamento também ajudou a otimizar a rotatividade também dos leitos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) distribuídas por toda a cidade, bem como o trabalho do Samu 192 com o encaminhamento de mais de 600 casos, e na ampliação da portas de entrada por demanda aberta por parte da população através de sua emergência 24 horas. A ampliação da oferta de serviços, desde os ambulatoriais aos cirúrgicos, teve extrema importância para nossa rede de saúde.

Mas tudo isso só foi possível graças a decisão política de uma gestão que pensa no seu povo, que não mediu esforços para que, mesmo em um momento financeiro conturbado, investiu no bem mais preciso das pessoas: a vida. Além de representar um marco na assistência, o HMS também trouxe um enorme benefício na formação de profissionais da área médica com a implantação do primeiro programa de residência em emergência na Bahia. O programa possibilita que os residentes vivenciem experiências em diferentes áreas, desde a clínica médica até a UTI.

O primeiro Hospital Municipal de Salvador nos ensinou que, se podemos sonhar, também conseguimos, com muito trabalho, planejamento e definição de prioridades, tornar nossos sonhos realidade.

Luiz Galvão é secretário municipal de Saúde de Salvador

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