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Jairo Costa Júnior, com Luan Santos
Publicado em 11 de setembro de 2017 às 14:28
- Atualizado há um ano
A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima colocou o chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Antonio Imbassahy (PSDB), na porta de entrada do PMDB. Antes descartado pela cúpula peemedebista, o eventual embarque do tucano no partido ressurgiu timidamente desde a descoberta de R$ 51 milhões escondidos em um apartamento na Graça. No entanto, ganhou força ontem, diante do cerco ao principal líder da sigla na Bahia e dos reflexos sobre seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima. Com um fora de cena e o outro fragilizado, avaliam governistas baianos com acesso ao Planalto, a legenda teme sofrer um processo de desorganização e esvaziamento no estado. O que prejudica os planos do PMDB para 2018.
Modo de espera Um acordo para abrigar Antonio Imbassahy depende do presidente Michel Temer e do senador Romero Jucá, que comanda o Diretório Nacional do partido. Embora não tenham dado ainda aval ao ingresso do ministro, ambos já decidiram agir com urgência contra o esfacelamento do PMDB baiano, estratégico para o projeto da dupla: formar a maior bancada do Congresso na sucessão e aumentar a musculatura em estados grandes, mas com poucos nomes puro-sangue eleitos para o Legislativo, a exemplo da Bahia.
Virada no tabuleiro A mudança do PSDB para o PMDB interessa bastante a Antonio Imbassahy, confidenciam aliados do ministro. Primeiro, assegura uma sigla robusta para negociar espaços com o bloco da oposição ao governo estadual na disputa do ano que vem. Segundo, reduz substancialmente a ofensiva do Centrão para retirá-lo da Esplanada dos Ministérios. Trunfos que não teria caso migrasse para os partidos com os quais vinha conversando - PTB e PPS. O desfecho favorável ao tucano passa também por arranjos com a ala liderada pelos irmãos Vieira Lima, majoritária no PMDB, e o grupo que segue a própria cartilha, onde há focos de resistência a Imbassahy.
Longe dos holofotes Causou estranhamento entre criminalistas renomados o silêncio do advogado de Geddel Vieira Lima, Gamil Föppel, rompido apenas ontem, três dias após a Polícia Federal apreender as malas de dinheiro. Desde então, jornalistas das mais variadas partes tentaram contactá-lo, mas esbarraram em telefones desligados e mensagens sem retorno. O assunto dominou os bastidores do Seminário Nacional do Instituto Baiano de Direito Penal, que reuniu em Salvador especialistas de todo o país entre os últimos dias 4 e 6.
Olho no lance Profissionais escalados para vasculhar repasses do governo do estado detectaram inconsistências no contrato de patrocínio da Bahiatursa para o Festival das Baleias, que acontece até segunda em Prado, no Extremo-Sul do estado. O destinatário dos R$ 100 mil é uma pessoa física - Willian Freitas Conceição. Registrado na Receita como empresário individual, Conceição é dono da Alpha Blimp Infláveis e Eventos e presidente do Instituto Redemar, um dos realizadores do evento. Entretanto, a entidade não tem CNPJ e nem aparece nos cadastros de ONGs. O endereço informado nas redes sociais é o mesmo da Alpha: um apartamento em Luiz Anselmo, na capital.
Estepe calibrado Cresce a passos largos no PT a tendência favorável à candidatura presidencial do ex- governador Jaques Wagner. A avaliação é de que a delação do ex-ministro Antonio Palocci implodiu de vez o ex-presidente Lula.
Pílula Abaixo da meta O setor hoteleiro em Salvador amarga mais um feriadão de baixo desempenho. De acordo com balanço parcial da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), a média de ocupação nos maiores hotéis da cidade estava, até ontem, em 56%. De acordo com o presidente da FeBHA, Silvio Pessoa, trata-se de um índice “pífio” demais para um período longo como o 7 de Setembro.